A falta de mão de obra qualificada vem afetando também o comércio e pequenas empresas. Apesar da grande oferta de vagas, até pequenos negócios estão com dificuldade de contratar funcionários para cargos que exigem qualificação mínima.
Em São Paulo, as agências da prefeitura abrem duas mil vagas por mês, mas boa parte não é preenchida devido à falta de qualificação dos candidatos. E não se trata de um diploma de bacharel ou mestrado, mas conhecimentos mínimos como alfabetização, interpretação de texto e noções básicas de matemática.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio, um supermercado tem, em média, 40 vagas por mês que não consegue preencher: faltam manobristas, empacotadores, repositores, e atendentes de balcão. A primeira grande dificuldade, conforme os comerciantes, é encontrar um candidato que saiba escrever, ler e entender o que leu. De cada 10 pessoas em uma sala, 4 são analfabetas funcionais.
Ainda de acordo com a entidade, o setor vai permanecer aquecido e deve contratar 465 mil trabalhadores neste ano. “Mas quanto melhor qualificado o trabalhador estiver, maior vai ser a chance dele no mercado de trabalho”, afirma Cláudia Maria Firmino, supervisora do Centro de Apoio ao Trabalho da Prefeitura de São Paulo.
Fonte: Bom Dia Brasil
