18 de setembro: Guilherme Afif Domingos nasce na cidade de São Paulo, mas vive até os sete anos de idade em Casa Branca, interior paulista. É o segundo filho de Jamil e Henriette. Neste ano, seu avô materno Guilherme Afif, um imigrante libanês que veio tentar a vida no Brasil, funda a Indiana Seguros, que viria a ser presidida por Guilherme Afif Domingos anos depois.
Afif foi matriculado no Externato Elvira Brandão, onde dá seus primeiros passos na vida escolar. Ainda criança passa pelo admissão (1955) e, em 1956, ingressa no Colégio São Luiz, onde termina seus estudos. O ensino no colégio era religioso e as regras rígidas eram muitas vezes quebradas pelas travessuras do garoto bem-humorado.
Entra na Faculdade de Administração de Empresas do Colégio São Luiz e logo passa a atuar como presidente do Centro Acadêmico. É a partir daí que começa a se interessar pela política e aprende a discursar em público e empolgar a plateia, características de Afif admiradas por todos até hoje.
Casa-se com Silvia Maria Dellivenneri, com que tem quatro filhos: Silvia Helena, Guilherme, Arnaldo e Cecília.
Assume o cargo de diretor da Indiana Seguros.
Por sua capacidade de administração e argumentação, Afif é convidado a assumir a presidência da Associação das Companhias Seguradoras do Estado de São Paulo. Um ano depois se torna diretor da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e superintendente do Diário do Comércio, da revista Digesto Econômico e do Instituto de Economia Gastão Vidigal.
Guilherme Afif assume a presidência do Banco de Desenvolvimento do Estado de São Paulo (Badesp). Nesta época realiza os primeiros congressos voltados para as micro e pequenas empresas, uma de suas principais bandeiras. É também pioneiro na criação de linhas de crédito para o pequeno empreendedor.
Assume a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e cria os varejões, mercadões e sacolões, que até hoje abastecem o estado. Idealiza o Programa Pró-Feijão (Plantio de Feijão com Irrigação), acabando com o desabastecimento do grão no estado.
Assume a presidência da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). No mesmo ano, realizou o I Encontro das Associações Comerciais de São Paulo, no Centro de Convenções do Parque Anhembi, com o intuito de promover melhor entrosamento destas entidades.
Afif realiza o primeiro Congresso Brasileiro da Pequena e Média Empresa em Brasília. Na ocasião foi aprovado o Estatuto da Microempresa, também idealizado por ele. O documento é considerado um marco histórico para o desenvolvimento do país e serve de aparato legal até hoje.
Ganha o prêmio Homem de Visão, por sua atuação em defesa dos microempresários e da transparência no sistema tributário.
É eleito deputado federal constituinte pelo Partido Liberal (PL), sendo o terceiro mais votado, com mais de 500 mil votos. Destaca-se como um dos constituintes com maior influência no Congresso. É autor do parágrafo quinto do Artigo 150 da Constituição, que prevê a transparência na cobrança de impostos, e do Artigo 179, que criou o SIMPLES (Sistema de Arrecadação de Impostos Nacional), tornando mais justa a tributação sobre micro e pequenos empresários.
Sai candidato à presidência da República pelo PL e recebe mais de 3,2 milhões de votos, ficando em 6º lugar - à frente de nomes importantes como Ulysses Guimarães, Roberto Freire, Aureliano Chaves e Fernando Gabeira. Nessa campanha Afif se tornou nacionalmente conhecido por defender propostas inovadoras. Seu jingle ("Juntos chegaremos lá/Fé no Brasil/Com Afif juntos chegaremos lá.") é lembrado até hoje.
Participa da eleição para o Senado pelo PL. Mesmo não tendo sido eleito, segue trabalhando em defesa das pequenas empresas e da redução dos impostos no país. Volta a se dedicar à Indiana Seguros S/A, empresa de sua família, assumindo – um ano depois – a presidência da companhia.
É eleito presidente da CACB (Confederação das Associações Comerciais do Brasil), entidade que reúne 27 federações estaduais e 1.600 associações municipais, com cerca de 2,5 milhões de associados. Afif presidiu a confederação de 1993 a 1997.
Afif é eleito presidente do Conselho do SEBRAE Nacional. Em seu discurso, assumiu o compromisso de “transformar a micro e pequena empresa no carro-chefe da geração de empregos no país".
Como presidente do Sebrae, Afif criou o Fundo de Aval às MPEs (FAMPE) inspirado em experiências internacionais. Foi a primeira iniciativa no País para facilitar o acesso das MPEs ao crédito bancário. Na foto, a cerimônia de assinatura da medida pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.
Depois de uma intensa mobilização liderada por Afif para regulamentar o artigo 179, de sua autoria, que prevê tratamento diferenciado para as pequenas empresas, nasce o Simples (Sistema Nacional de Arrecadação Tributária), que beneficia milhões de empreendedores brasileiros.
Ao lado de seu amigo Rogério Amato implanta o projeto Degrau, em parceria com a Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo), ACSP e Rebraf (Rede Brasileira de Entidades Assistenciais). O programa já empregou mais de 200 mil jovens brasileiros com idade entre 14 e 18 anos.
Volta ao comando da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), seguindo sua trajetória de luta contra os tributos abusivos. Em seu mandato, Afif também defendeu a busca de estratégias que tornassem mais atrativo o crediário como prioridade para estimular o crescimento econômico do país.
Afif implanta o Feirão do Imposto. No mesmo ano, entrega ao então presidente Lula o projeto de criação do MEI (Microempreendedor Individual), para regularizar as atividades dos trabalhadores informais.
Em 20 de abril, na Associação Comercial, lança o Impostômetro, painel que mostra em tempo real os tributos pagos pelos contribuintes para a União, estados e municípios, dando início à campanha De Olho no Imposto. Com adesão de mais de 1,5 milhão de pessoas, Afif leva ao Senado proposta exigindo que nas notas fiscais de produtos e serviços constem os impostos embutidos.
Após 16 anos afastado da vida político-partidária, concorre ao Senado. Na contramão das pesquisas, Afif recebe mais de 8,2 milhões de votos, ficando em segundo lugar na disputa.
Guilherme Afif assume a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo (SERT) e a presidência do Programa Estadual de Desburocratização (PED), que tem como principal objetivo facilitar a vida do empreendedor.
Lança o Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ, que oferece capacitação para quem está desempregado. Implanta o sistema online de intermediação de mão de obra Emprega São Paulo. Na Secretaria mobiliza a sociedade e consegue a aprovação do MEI (Microempreendedor Individual), legalizando as atividades dos trabalhadores informais.
Ainda como secretário do Emprego, implanta o Sistema Integrado de Licenciamento (SIL), permitindo que as empresas licenciem suas atividades pela internet. Em março Afif deixa o cargo de secretário do Emprego para concorrer às eleições. Candidata-se a vice-governador de Geraldo Alckmin. É eleito e assume o cargo em janeiro de 2011.
Em janeiro é nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. Em março anuncia, com o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o Partido Social Democrático, onde preside a fundação Espaço Democrático - centro de estudos e formação política do PSD. Em julho, assume a presidência do Conselho Gestor do Programa Estadual de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Em 9 de maio de 2013, Guilherme Afif assume o cargo de Ministro da Micro e Pequena Empresa. Em seu discurso de posse reafirma : "micro e pequena empresa não é uma bandeira partidária, é uma bandeira nacional. Temos que nos unir em torno desse objetivo”.
Em fevereiro Afif iniciou uma série de visitas a todos os estados do País na “Caravana da Simplificação”, para promover a desburocratização. Em 7 de maio, o texto base do SuperSimples foi aprovado por unanimidade na Câmara dos Deputados. Em 6 de junho, após uma luta de 30 anos, a lei “De Olho no Imposto” foi regulamentada. Em 16 de julho o Senado aprovou as alterações no Simples. A nova lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 7 de agosto.
No segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, Afif permaneceu à frente da Secretaria da Micro e Pequena Empresa até a reforma ministerial, em 02 de outubro, que extinguiu a SMPE, repassando as atribuições da pasta à Secretaria de Governo. Em 29 de outubro, Afif assume a presidência do Sebrae Nacional, estabelecendo quatro pontos vitais em sua gestão: a implementação da REDESIM em todo o país, o projeto Jovem Aprendiz, a formulação de políticas públicas mais vigorosas para os pequenos negócios, e a estruturação do programa Crescer sem Medo, que tem a missão de melhorar o ambiente legal para as micro e pequenas empresas.
Acumulando a presidência do Sebrae, Afif assumiu de forma voluntária e sem remuneração a presidência do Conselho Deliberativo do Programa Bem Mais Simples. As diretrizes do programa contemplam: eliminar exigências que ficam obsoletas com a tecnologia; unificar o cadastro e a identificação do cidadão; dar acesso aos serviços públicos em um só lugar; guardar informações do cidadão para consulta; e resgatar a fé na palavra do cidadão, substituindo documentos por declarações pessoais. No mesmo ano Afif deixou a presidência do Conselho para se dedicar integralmente à presidência do Sebrae.
Em junho Afif se licenciou da presidência do Sebrae para disputar a convenção do partido na escolha do candidato à Presidência da República. Neste desafio, ele empunha as bandeiras liberais que norteiam sua carreira há 40 anos, e que podem contribuir para um futuro melhor para o País.
Em 21 de fevereiro, Afif é convidado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para assessorá-lo no Ministério. Em 1989, quando foi candidato à presidência, Afif integrou a sua plataforma de governo o plano econômico desenvolvido por Paulo. Passados 30 anos o convite surgiu com base num sonho antigo. "Se sonhamos juntos, venha me ajudar a realizar este sonho". (Paulo Guedes)