Apagão de engenheiros preocupa mercado

1 de outubro de 2012
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Em seu artigo na Folha de SP neste domingo, Afif comentou a escassez de profissionais especializados: “Esse apagão de engenheiros se deve ao fato de que no Brasil, historicamente, cultivou-se estudar ciências humanas e não exatas. Isso em razão das dificuldades dos cursos, que requerem muita técnica e estudo, e também da valorização do bacharelismo. Precisamos incentivar a formação de profissionais brasileiros nas áreas exatas, para que possam atender às necessidades do processo produtivo e também desenvolver tecnologia e inovação. Não podemos ficar dependentes de mão de obra e tecnologia importadas se quisermos ser uma nação realmente desenvolvida.”

Estudo do Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), baseado nos Censos de 2000 e 2010 mapeou a formação profissional no Brasil, e identificou quais são as profissões com demanda em alta no país. De acordo com a pesquisa, existe grande procura por profissionais da área de exatas, mas com escassez de oferta.

Entre as formações universitárias mais valorizadas em 2010 destacam-se Medicina, Engenharia Civil e Odontologia, com salário médio de 5 mil reais. “São as profissões que o país está pedindo”, diz o economista Naércio Menezes, um dos realizadores do estudo. “Há mais demanda na área de exatas, mas a oferta cresce mais rápido na área de humanas”, comenta.

No caso da Engenharia Civil, o número de profissionais cresceu de 141,8 mil para apenas 146,7 mil em dez anos. Já a evolução salarial da categoria no período foi de 20,6%.

Encomendado pela associação de entidades BRAiN Brasil, a análise tem como objetivo transformar o Brasil num polo internacional de investimentos e negócios. Para André Sacconato, economista da BRAiN, o principal problema é a má distribuição da formação universitária no Brasil: “Estamos formando muitos administradores e poucos engenheiros”. Segundo o estudo, áreas de Humanas como Administração, Comunicação e Marketing registraram forte queda nos salários devido ao excesso de oferta de mão de obra.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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