Aliança por São Paulo

20 de setembro de 1990
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O contínuo crescimento da minha candidatura ao Senado, juntamente com a de Fleury Filho, candidato a governador do Estado, e Aloysio Nunes Ferreira Filho, a vice-governador, revela o acerto da aliança liberal democrata, na coligação Novo Tempo, formada pelo PMDB-PL-PFL.

Quero representar São Paulo que, por suas características, sintetiza o ideal a ser alcançado por todos os Estados irmãos. Nascemos na agricultura, evoluímos para a industrialização e estamos próximos do modelo do Primeiro Mundo, com os olhos voltados para a evolução tecnológica.

Nosso projeto político é forjado na bandeira do desenvolvimento com liberdade, que rejeita a recessão e o desemprego, condena a violência cometida contra a instituição da caderneta de poupança e quer dar sua contribuição para que a atual crise seja superada.

A aliança liberal democrata, unindo PMDB e PL, tem o compromisso de criar uma estrutura política forte, que preserve o estado de direito e cumpra uma missão modernizadora na reforma constitucional de 1993, quando os brasileiros decidirão, em plebiscito, o regime de governo que desejam para a Nação.

Minha aliança com Fleury e Aloysio representa a união de uma nova geração de políticos, que repudia as picuinhas partidárias de passado recente, rejeita o fisiologismo, de um lado, e o rancor ideológico, de outro. O governo Quércia, a população reconhece, manteve viva a chama do desenvolvimento paulista, em meio a uma administração federal de cinco anos desastrosos.

Temos aqui um modelo básico a ser desenvolvido para todo o País. No Senado, eleito a 3 de outubro, quero aprimorar a legislação que beneficia e assegura tratamento diferente para as micros e pequenas empresas, conforme emenda de minha autoria, aprovada na Constituição de 1988.

As micros e pequenas empresas, que constantemente defendo em minha vida pública, garantem o emprego da maioria dos trabalhadores brasileiros, outro tema que merece de mim uma atenção especial. Obtive, na Câmara, um claro avanço nas relações trabalhistas ao conseguir a aprovação de emenda constitucional que assegura indenização compensatória — 40% sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, no caso das demissões imotivadas.

Ao lado de me preocupar com a evolução das relações trabalhistas, pretendo propor, como senador, uma política nacional de abastecimento, que contribua para eliminar a fome do nosso País, a partir da experiência conseguida na Secretaria de Agricultura de São Paulo, quando criei os varejões e sacolões, aproximando produtores e consumidores.

Nossa aliança tem como objetivo também a remontagem de uma política nacional de habitação, que contribua para a concretização do sonho de todos: ter uma casa própria.

Quero, ainda, incentivar na legislação a melhoria do transporte urbano em São Paulo, complementando a ampliação do metrô, realizada pelo governo Quércia. A qualidade do metrô precisa chegar aos trens de subúrbio, controlados pelo governo federal, uma marca triste na região metropolitana da Capital.

Este é o momento de integração da população em nossa aliança. Serei no Senado, a voz dos paulistas por um projeto que traga desenvolvimento com justiça social.

 

O Estado de S.Paulo, 20/09/90

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