Em menos de um mês entrará em vigor a Lei do Imposto da Nota. A data – 10 de junho – será o “Dia do Espanto”, porque será o “dia que o brasileiro vai começar a saber a quantidade absurda de impostos que paga”, de acordo com o deputado Guilherme Campos (PSD), que deu o nome à data durante um debate realizado no Espaço Democrático.
Para Flávio Rocha, presidente da primeira rede varejista a descrever os tributos em suas notas fiscais, no “Dia do Espanto” o brasileiro resgatará cidadania tributária com a informação sobre o quanto paga em imposto: “A lei que obriga as empresas a registrar na nota fiscal o valor dos tributos incidentes na venda foi uma iniciativa de Guilherme Afif Domingos (atual vice-governador de São Paulo e ministro da Micro e Pequena Empresa), meu colega de Assembleia Nacional Constituinte. Uma iniciativa que demorou mais de 20 anos para ser posta em prática. Ao saber quanto realmente paga de impostos todos os dias, a sociedade resgatará sua cidadania tributária e exigirá do governo a contrapartida em serviços públicos. É muito comum as pessoas mais humildes imaginarem que não pagam impostos, porém elas são as mais afetadas pelo sistema tributário. Quem menos pode é quem mais paga”.
Para o empresário, quanto mais transparência, maior a contribuição para a eficiência da gestão pública. “A gente precisa saber quanto gasta para o financiamento do Estado e poder cobrar eficiência desse mesmo Estado”, explica ele.
A aprovação popular da nova lei foi comprovada por uma pesquisa encomendada pela Associação Comercial de S. Paulo. Nove entre dez consumidores brasileiros querem saber o quanto pagam ao Leão em cada compra.
Fonte: IBPT