Recentemente, num programa de TV, jornalistas estrangeiros que são correspondentes no Brasil se disseram intrigados com o fato de que há poucos trens por aqui.
De fato, é inconcebível que nosso país tenha uma malha ferroviária tão reduzida, principalmente no Estado de São Paulo e na sua capital, com toda pujança e importância global.
Estamos falando de uma das maiores cidades do mundo. Outras metrópoles, como Madri, Paris e Londres, têm sistemas de transporte metro-ferroviário espetaculares. Nós já tivemos o nosso sistema ferroviário, que foi abandonado como modelo de transporte.
O fato é que hoje São Paulo está no atraso em matéria de trilhos. Deveria estar muito mais avançado nesse sentido. Precisamos, com urgência, tirar essa diferença.
A malha da CPTM na grande São Paulo tem uma estrutura extensa (260 km), mas ainda muito dependente de modernização. A do metrô (70 km) é muito mais eficaz, porém insuficiente para atender as demandas da população, apesar dos investimentos feitos pelo governo do Estado nos últimos anos. Existe um grande esforço por mais investimentos, mas há uma disparidade entre os dois sistemas em termos de padrões e de regularidade operacional.
Isso tudo mostra um descompasso no planejamento e execução do transporte público metro-ferroviário no Estado de São Paulo. É urgente uma mudança profunda no sistema, pois a população está consagrando esse modo de transporte como opção. A rede metro-ferroviária paulista transporta atualmente 7,1 milhões de pessoas todos os dias, sendo 4,4 milhões no metrô e 2,7 milhões nos trens.