Para colocar em prática o programa de inclusão de jovens aprendizes em microempresas, o ministro Guilherme Afif pretende usar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para funções de monitoramento. A ideia é pagar professores de ensino médio dispostos a monitorar aprendizes em micro e pequenas empresas de grandes centros urbanos.
Como a atividade pode ser enquadrada como qualificação profissional, o governo estuda usar recursos do FAT para que os professores recebam entre 70 e 100 reais mensais por estudante. Cada monitor pode orientar de 5 a 10 alunos entre os que atende em sala de aula. Se acompanhar o número máximo de alunos permitido, o professor pode obter uma renda extra mensal de R$ 700 a R$ 1 mil.
“Além de estimular os empresários de micro e pequenas empresas a contratar aprendizes, esta seria uma forma de reforçar o orçamento do professor para uma atividade de acompanhamento do mesmo aluno, num trabalho que complementará a educação dele”, afirmou Afif. A carga diária de trabalho dos aprendizes seria de até seis horas, com pagamento equivalente ao salário mínimo por hora trabalhada. “O limite de tempo é para que o trabalho de aprendizagem não atrapalhe a escola. Ele vai trabalhar no período extraclasse”, esclareceu o ministro. “Trabalhando na microempresa, o jovem terá visão mais aproximada do empreendedorismo. Na grande empresa, ele fica mais distante, numa estrutura maior e impessoal”. A expectativa é que a versão-piloto do programa seja adotada em 2014.
Fonte: Agência Estado