Em dois anos, mais de 20 mil trabalhadores do centro de SP poderão morar perto de seus empregos, contribuindo para a revitalização do centro da capital e redução do trânsito. É o que propõe a PPP da Habitação, que teve seu processo de licitação assinado nesta quinta-feira, 28, em evento que reuniu o Governador Geraldo Alckmin, o Vice-Governador Guilherme Afif e o Prefeito Fernando Haddad.
A estratégia de ação do projeto será a ocupação de imóveis subutilizados nos bairros e nas áreas contíguas às linhas férreas, corredores de transporte e grandes avenidas centrais. Os empreendimentos previstos pela PPP devem ser erguidos nos distritos da Sé e República, e nos bairros do entorno do Brás, Bela Vista, Belém, Bom Retiro, Cambuci, Liberdade, Mooca, Pari e Santa Cecília.
Será prioritário o atendimento habitacional às famílias com renda de até cinco pisos salariais do Estado (R$ 755). Os beneficiários deverão ser trabalhadores do centro da capital paulista, além de não possuírem imóveis em seu nome. As prestações pagas pelos moradores serão proporcionais à sua renda e conforme as regras de financiamento das instituições financeiras apresentadas pelo parceiro privado.
Em convênio firmado com o Estado, a Prefeitura de São Paulo deve apoiar o projeto com R$ 404 milhões, o que equivale à média de R$ 20 mil por unidade habitacional. É o maior investimento concentrado em habitação na capital paulista nos últimos 30 anos.
“É um momento histórico essa parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o Estado na implementação de um projeto de forte impacto urbano, da vida da cidade, como a PPP da Habitação”, diz Afif. “No passado, essas coisas andaram desgarradas. O processo de crescimento da nossa cidade foi feito de forma desarticulada, causando o que já está diagnosticado: moradias cada vez mais distantes, gerando muitos gastos com transporte. Esse projeto me entusiasmou desde o início pela reocupação de locais degradados, especialmente da nossa orla ferroviária. E hoje nosso desafio é a reocupação dessas áreas, trazendo gente para morar no centro. Esse é um diagnóstico que não é partidário: é da lógica, é de consenso. Não adianta revitalizar sem reocupar”.
Parabens nessa UNIÃO.
Projeto SP 2025 saindo do papel, parabéns