A pauta atual na agenda econômica do Brasil é o famigerado “pibinho”. Cá entre nós: ninguém aguenta mais as lamúrias por conta do baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2012. A verdade é que a economia brasileira varia de humor: em um momento está eufórica; em outro, em declínio. E ao invés de se lamentar essa situação, é necessário encontrar um tratamento, um antídoto para este quadro, usando-se a criatividade.
O país precisa usar o mercado a seu favor. Aliar-se a ele. A economia não está crescendo em razão da falta de investimentos em infraestrutura e não há poupança interna suficiente para alavancá-la. Falta dinheiro para União, estados e municípios investirem – estão até mesmo sem recursos para cumprirem obrigações básicas em saúde, transporte e educação. Veja-se, neste início de ano, a enxurrada de anúncios de governos fazendo cortes em seus orçamentos. Como reverter esse quadro? A resposta é simples e está num clichê: a união faz a força. E estamos falando da união entre os governos e a iniciativa privada por meio de parcerias público-privadas e da busca por investidores de outros países.
No fim de janeiro, o Governo de São Paulo fez um road show em Londres. Na bagagem levou um portfólio de projetos estruturados que encheu os olhos de investidores ávidos por negócios de alto retorno financeiro. Com a Europa paralisada, está difícil investirem no seu próprio continente. O momento, então, é propício para se voltarem para mercados emergentes como o nosso, explorarem a infraestrutura no Brasil e em São Paulo. A hora é agora.
A carteira de projetos apresentada totaliza nada menos que R$ 42 bilhões a serem investidos por parceiros estrangeiros na implantação da Linha 6-Laranja do Metrô (que vai custar R$ 7,8 bilhões), da Linha 20-Rosa do Metrô (R$ 7,5 bi) e da Linha 18-Bronze do Metrô (R$ 3,01 bi).empregos
Além disso, constam a construção de presídios (R$ 750 milhões), de hospitais (R$ 600 mi) e de uma rede de trens ligando a capital a importantes cidades do interior e litoral (R$ 18,5 bilhões); e ainda a adoção de conteúdo digital interativo nas escolas estaduais (R$ 1,5 bi).
Pelos projetos dá para imaginar que essas PPPs vão gerar empregos, melhorar a qualidade de vida das pessoas, ajudar o Estado de SP a fornecer serviços públicos de qualidade e alavancar a infraestrutura. E é um bom negócio para quem está investindo, com contrapartidas pagas pelo governo – fora o lucro gerado com o investimento, que é de longo prazo.
Assim, esses projetos serão tocados a partir de associações inteligentes, em que todas as partes ganham. Esse é o caminho para fazer o Estado e o Brasil crescerem.