SÃO PAULO – Durante a infância e adolescência, o veterinário André Grespan colecionava borboletas e aranhas, mas nunca pensou em cursar veterinária até a sua mãe sugerir o curso. Depois de fazer um curso sobre contenção de animais selvagens, resolveu se especializar nesse assunto. Depois de formado, André trabalhou em zoológicos. Por volta de 2002 foi trabalhar em uma grande loja especializada em animais silvestres e exóticos, e então decidiu abrir uma clínica exclusiva para tratar desses bichos. “Resolvi investir porque eram grandes clientes e a concorrência nenhuma. Foi o primeiro empreendimento do tipo na América Latina”, conta.
O começo foi bastante difícil. A Wildvet demorou quatro anos para se manter sozinha. Nesse meio tempo, Grespan teve outros trabalhos e chegou a dobrar o turno em um hospital veterinário. “Me chamavam de louco, mas mantive o propósito de ser exclusivo e nunca atendi cachorro ou gato”, afirma. “Podia ser ruim para o negócio, mas para a propaganda era bom porque os outros veterinários podiam me indicar sem medo. Eu não era concorrência.”
Doze anos depois, a Wildvet faz cerca de mil atendimentos e fatura R$ 900 mil por ano – a consulta especializada é 30% mais cara do que a de um pet center convencional. A empresa também é uma loja de produtos especializados e um hotel para animais silvestres. “Imagina você colocar uma arara que vale R$ 60 mil no meio de um monte de gato? Vai deixar o animal todo estressado”, brinca o empresário.
Fonte: PME Estadão