A crise que abateu a indústria e fechou postos de trabalho em todo o país, em 2017, não abalou a geração de empregos nas micro e pequenas empresas brasileiras. Em novembro, pelo oitavo mês consecutivo, os pequenos negócios apresentaram saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada. Na contramão das médias e grandes empresas, que demitiram 22,1 mil trabalhadores, os empreendimentos de micro e pequeno porte abriram 12,2 mil postos de trabalho formal. Os dados são do levantamento feito mensalmente pelo Sebrae com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), fornecido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao longo do ano, com exceção do mês de março, as micro e pequenas empresas apresentaram número de contratação superior ao de demissões. Enquanto os pequenos negócios acumularam no ano (de janeiro a novembro) um saldo positivo de 486 mil novos empregos, as médias e grandes empresas apresentaram um saldo negativo de 202mil postos de trabalho.
“A micro e pequena empresa é a grande geradora de emprego do país. Na crise, esses empresários inovam, enxugam custos e até negociam dívidas, mas não deixam de apostar na retomada da economia, de contratar mão-de-obra”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
No mês de novembro, o Comércio repetiu a maior geração de vagas nas micro e pequenas empresas, com a criação de 50 mil novos postos. Em seguida, apareceram os pequenos negócios do setor de Serviços, com 135 empregos com carteira assinada. A indústria de transformação reuniu a maior quantidade de demissões, com o fechamento de 19,5 mil vagas nas médias e grandes empresas e 9,5 mil desligamentos nos pequenos negócios.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias