Foi-se o tempo em que carnaval era algo amador. Considerado a maior festa do planeta, hoje o reinado de Momo é um ótimo negócio que merece a dedicação de muita gente e meses de preparação, movimentando cifras milionárias em micro e pequenas empresas de todo o país, principalmente nas cidades de maior tradição carnavalesca, como Rio de Janeiro, Salvador e Olinda.
Um exemplo é uma fábrica têxtil que produz tecidos metalizados para fantasias carnavalescas. Nos três meses anteriores ao Carnaval, o proprietário da loja, Paulo Skaff, comercializa 5 mil metros de tecidos para escolas de samba. Em 2014, Skaff faturou cerca de R$ 1 milhão, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
Outro exemplo de empreendedorismo focado no Carnaval é o empresário Anselmo Trefiglio, um folião que resolveu investir em sua paixão e abriu uma empresa que apresenta escolas de samba em festas e eventos. O empreendimento, criado em 2003, hoje faz aproximadamente 80 apresentações entre novembro e fevereiro, com até 23 artistas. Como diferencial, o empresário oferece a personalização de samba enredo para os homenageados nos show, que custam entre R$ 2 mil e R$ 6 mil reais.
Em 2014, o fato de o carnaval deste ano ter ocorrido em março contribuiu para que fevereiro registrasse com mais facilidade um aumento no faturamento das micro e pequenas empresas de São Paulo, com um acréscimo de 9,7% e receita total de R$ 49,4 bilhões.