O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou esta semana que a taxa de sobrevivência das empresas residentes no Brasil em 2012 foi de 81,3%, ligeiramente acima do patamar verificado em 2011 (80,8%) e o maior desde 2008 (78,2%). De acordo com o instituto, com a entrada em vigor do novo Simples, o resultado poderá ser retomado de forma ainda mais positiva no ano que vem.
Pelos dados do IBGE, apesar da taxa de sobrevivência ter sido positiva, a taxa de entrada [nascimento ou reentrada] de 2012 ficou em 18,7%, a menor desde 2008 (21,8%). A taxa de saída, porém, foi de 17,4%, acima apenas da verificada em 2010 (16,3%).
Gabriel Quintanilha, advogado e professor do Ibmec/RJ e da Fundação Getulio Vargas (FGV/RJ) comenta que em 2015, com a possibilidade de todas as atividades poderem optar pelo Supersimples, mais empresas devem ser criadas, além de que a taxa de sobrevivência, por reduzir a complexidade tributária, deve melhorar.
O estudo mostra que a atividade econômica que mais se destacou, ao mesmo tempo, nas entradas (372,8 mil) e saídas (390,2 mil) de empresas no mercado em 2012 foi comércio. Por outro lado, com relação à sobrevivência, 48,1% das empresas (1,8 milhão) estavam neste setor.
Para o consultor e professor da ESPM, Adriano Gomes, a entrada em vigor das novas regras do regime Simples Nacional deve ajudar mais na decisão de abrir uma empresa no ramo de serviços. “O consumo está em desaceleração desde 2012, como mostram os números do IBGE, o que deve prejudicar o setor de comércio, que já estava incluído no Supersimples”, diz.
Fonte: Portal do Desenvolvimento