MINAS GERAIS – Em 2004, após visita de uma semana à Fancy Foods, maior feira especializada no mercado de comidas e bebidas da América do Norte, o empresário mineiro Glaucio Peron voltou com uma ideia: fazer doces do tamanho de uma roda de caminhão. “Aqui em Minas doce é muito comum, então resolvi apresentar o produto de uma forma diferente”, explica.
A iniciativa surgiu depois de o empresário se impressionar com o tamanho de uma peça de queijo exposta na feira. “Era gigante, branco e redondo,como um queijo mineiro”, conta.
Aliando a tradição da família em produzir as guloseimas ao conhecimento acumulado na área microempresarial, Peron amadureceu a ideia por quatro anos até abrir a Doce da Roça, em Poços de Caldas (460 km de Belo Horizonte), em 2008.
“Eu já tinha uma empresa de biscoitos, a ‘Pedaço de Minas’. Peguei esse capital e chamei alguns tios, mas eu queria de um jeito diferente. Diferencial competitivo que não é percebido pelo consumidor, não é diferencial, é custo”.
No cardápio, cocada ao leite com ameixa chilena, pingo de leite com amendoim e abóbora com coco, este último o mais vendido da casa, e eleito o melhor doce do Brasil pelo Festival Nacional de Gastronomia e Culinária Regional.
“Vendemos em torno de 20 a 22 toneladas por mês no atacado (peça mínima de 100 kg). No inverno as vendas sobem 30%”, diz.
São mais de 20 tipos de doces, também vendidos no varejo, em duas lojas na cidade. Decoradas para reproduzir o ambiente bucólico de uma casa no campo, os estabelecimentos atraem principalmente turistas de São Paulo e do interior paulista.
“Cerca de 60% dos meus clientes são paulistanos. Por isso, queremos expandir a primeira leva da empresa para a capital e para o interior de São Paulo”, afirma.
Fonte: Estadão PME