MINAS GERAIS – A vila de Conceição do Ibitipoca, localizada no município de Lima Duarte, é um paraíso em meio às montanhas e recebe cerca de 75 mil turistas ao ano. É lá que pequenos empresários resolveram criar uma central de negócios, a primeira do setor de turismo no Brasil. A central, que abriu as portas em agosto, reúne 13 empreendedores das áreas de hotelaria, restaurante, alimentos e comércio. Em menos de quatro meses de funcionamento já garantiu aos associados descontos na compra em conjunto de água mineral, uniformes e peças de roupa de cama. Os preços estão sendo fechados por cerca de metade do valor que teriam se os negócios fossem feitos individualmente.
A Rede Ibitipoca de Turismo para a Hospitalidade – como a central de negócios foi chamada – reúne empresas como a de Marcus Marchiori, presidente da rede e proprietário da Pousada Mãos de Maria e de uma loja com o mesmo nome. Ele explica que seu negócio é hospedagem, camping e comércio. “Minha empresa está redondinha e pronta para a tomada de financiamento. Antes a gente não tinha organização. Como o financeiro não era organizado, não dava para conseguir crédito. Agora estamos a caminho de ter um financiamento aprovado”, comemora.
Elizabeth Aparecida Aguiar fabrica pão de canela em Conceição do Ibitipoca. A produção, iniciada há 16 anos por ser um costume de família, hoje virou um negócio em pleno crescimento. “Durante algum tempo forneci para a padaria local, mas depois passei a ter meu próprio ponto para dar prosseguimento à tradição e também me sustentar”, conta. Nos fins de semana comuns ela comercializa, em média, 110 unidades, mas nos feriados e fins de semana prolongados o número salta para até 250 pães. Integrante da rede, ela pretende fazer a tabela nutricional do produto e vem desenvolvendo sua própria marca. “Com isso, será possível incrementar o negócio. É uma questão de agregar valor. Depois da formação da Rede Ibitipoca de Turismo minhas vendas já melhoraram 30%”, garante.
Atualmente, em todo o trecho turístico de Ibitipoca existem 174 negócios. São 21 cidades participando dos circuitos turísticos e a perspectiva é chegar a 30. O projeto só termina em 2018.
Fonte: O Estado de Minas