Desde 2009, quando o programa Microempreendedor Individual foi criado, foram formalizados 44,1 mil empreendimentos. De lá para cá, o crescimento do número de empresas que optaram pelo sistema foi da ordem de dez mil por cento, superando em outubro deste ano a marca de 4,45 milhões de microempreendedores formalizados.
Regularizar a atuação de uma empresa garante não apenas maior segurança ao empreendedor no que diz respeito a concessão de direitos trabalhistas que ele não teria se optasse por trabalhar na informalidade, mas também na obtenção de crédito e autuações feita pelos departamentos fiscais do governo. A possibilidade de acesso a produtos financeiros, como a contratação de crédito, para poder melhorar a estrutura do negócio, é um dos maiores atrativos para os que buscam formalizar seus empreendimentos.
“O MEI é um ponto de partida para o empreendedor que começa pequeno, vai ganhando volume com o aumento da demanda e chega até um faturamento onde já se constitui como uma pequena ou média empresa. Dessa forma, consigo ter um maior controle sobre o meu negócio e obter crédito no mercado, fica mais fácil “, diz a empreendedora Benicia Montelli, dona de uma consultoria no Rio Grande do Sul. Segundo ela, a popularização do MEI no País fez com que bancos e demais instituições financeiras criassem produtos específicos para microempresas, um nicho de mercado que era pouco atendido. “O MEI abriu as portas para que bancos e os Correios, por exemplo, criassem linhas de crédito para os pequenos, sem contar as tarifas diferenciadas para este público especificamente”, explica a empresária.
Fonte: O Estado de S. Paulo
