A pesquisa Demografia das Empresas, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com informações de 2010, revela que quase metade das empresas brasileiras abertas no País não sobrevive aos primeiros três anos de vida.
Nas empresas individuais, que não empregam nenhum funcionário, o instituto aponta que a taxa de mortalidade é ainda maior: 54,7% deixam de existir após três anos. Entre as principais razões para a mortalidade precoce dos pequenos negócios estão a falta de planejamento e o descontrole na gestão. O índice caiu mais no Norte e no Nordeste, embora estas regiões ainda registrem um número de falências superior à média nacional.
Segundo um estudo do Sebrae nacional que monitorou cerca de 1 milhão de empresas abertas em 2005/ 2006, a sobrevivência de novos pequenos empreendimentos costuma alcançar dois anos: sete em cada dez micro e pequenas empresas conseguem ultrapassar os dois primeiros anos de atividade – uma taxa que supera a da Itália e está próxima da do Canadá. O maior índice de mortalidade neste espaço de tempo está na região sudeste, enquanto que o maior número de empresas sobreviventes está nos estados de Roraima, Ceará, Paraíba, Minas Gerais e São Paulo.
De acordo com Jairo Martins, superintendente da FNQ (Fundação Nacional da Qualidade), para evitar o encerramento prematuro das atividades, planejamento e gestão devem fazer parte do vocabulário de todo empresário. “É preciso olhar para os clientes e para o mercado”, diz ele.
Fontes: O Estado de S. Paulo e UOL