Para superar a barreira que impede as micro e pequenas empresas de alcançar a globalização, a criação do Simples Internacional vem sendo debatida para a implantação de um mercado global comum. A medida prevê a implantação de uma logística porta a porta em que um país concede incentivos para determinados produtos e recebe outros em troca.
“A globalização ainda não chegou para as pequenas empresas e hoje o mosaico do comércio internacional é composto pelas grandes transnacionais, com estrutura própria para mercado externo, comércio exterior, logística e porte para enfrentar as burocracias aduaneiras”, diz o ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, Guilherme Afif. Segundo ele, embora as MPEs correspondam a 99% do universo das empresas e garantam 70% dos empregos formais, a legislação e a infraestrutura aduaneira fazem com que o índice de importações e exportações que as envolvem seja próximo a zero.
A proposta, que foi apresentada a representantes de países-membros da OEA em novembro, prevê a formação de um grande catálogo virtual que vai possibilitar a criação de uma praça eletrônica de comércio. Com a estrutura logística adequada, o Simples Internacional poderá aproximar empresas sul-americanas da Espanha, Portugal e África lusófona, como Angola. “Talvez uma só empresa não consiga encher um contêiner, por exemplo, mas juntando-se três ou quatro elas podem conseguir. E isso seria feito por empresas de logística”, diz o ministro.
Fonte: Terra