Em reunião na embaixada brasileira em Paris, o ministro da Fazenda Guido Mantega ouviu reclamações de empresários franceses insatisfeitos com a falta de mão de obra qualificada no Brasil e a pesada tributação que prejudicam a competitividade e os investimentos no país.
Esta realidade é comprovada pelos dados divulgados pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República sobre o perfil da classe média brasileira. De acordo com a pesquisa, 90% têm, no máximo, o segundo grau, mas os jovens sonham com o diploma universitário, embora ainda seja algo distante: só 7% chegaram ao ensino superior.
O estudo também mostra que a maioria da população brasileira, em todas as classes, identifica a má qualidade do ensino como fator prejudicial ao desenvolvimento no país. Este vínculo também fica evidente nos resultados do Brasil no ranking do “Global Venture Capital and Private Equity Country Attractiveness”, índice que mede a atração exercida por diversos países com relação a investimentos internacionais. Nele, o Brasil subiu da 43ª para a 36ª posição entre 2011 e 2012 – uma melhoria que se deve, em parte, aos avanços de desempenho na educação e capital humano, onde o país avançou do 84º para o 74º lugar.
Já os Estados Unidos lideraram o ranking, pelo terceiro ano consecutivo. Por lá, para evitar a “fuga de cérebros” estrangeiros, senadores democratas apresentaram ao Congresso dos EUA um projeto de lei que concede a imigrantes superqualificados 55 mil “green cards” – o documento que permite ao estrangeiro viver e trabalhar no país. O alvo são mestres e doutores nas áreas de ciência, tecnologia, matemática e engenharia formados em universidades americanas.
Fontes: O Globo, Agência Estado, Correio Braziliense e Folha de São Paulo