Em mais uma edição do ciclo de encontros “Desatando os nós que atrasam o Brasil”, o Espaço Democrático apresentou nesta segunda-feira, 08, o debate “Imposto na Nota: Sabendo quanto paga, você pode cobrar mais”. Participaram do evento o vice-governador do Estado e presidente do Espaço Democrático Guilherme Afif; o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato; o deputado federal Guilherme Campos (PSD-SP) e o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e do PSD Movimentos, Ricardo Patah.
Em vídeo, Afif apresentou um histórico da luta de mais de 20 anos pela transparência dos impostos e pela lei que obriga a inserção na nota fiscal da quantidade de tributos em todas as compras. Ele destacou a importância da lei para uma mudança de postura do consumidor e contribuinte. Segundo ele, outra mudança que a nova norma pode provocar é a redistribuição da arrecadação de impostos. “Com a pressão dos consumidores aos prefeitos e vereadores que elegeram, o contribuinte vai pressionar os municípios por novos cálculos na distribuição dos tributos”, disse.
Guilherme Campos enfatizou que a lei do Imposto na Nota irá mudar a ideia que os cidadãos têm da tributação, e do quanto ela pesa no seu dia a dia. “Isso vai criar muita pressão pela melhoria dos serviços públicos e pela redução da carga tributária”, disse. “Esta lei é a grande oportunidade de levar a transparência dos impostos para toda a sociedade”.
Sobre a possibilidade da nova lei aumentar a burocracia, Rogério Amato disse que não haverá qualquer dificuldade na implantação e execução. “O leitor ótico calculará automaticamente quanto cada produto tem de imposto. E aguardem o Gastômetro, que será o Google dos impostos para saber quanto da arrecadação será aplicada em cada serviço público, em cada local do Brasil”, avisou.
Respondendo a uma questão enviada pela internet, sobre se os comerciários serão treinados para esclarecer o consumidor a respeito do que está pagando, Ricardo Patah disse acreditar que essa lei “ainda vai gerar novos empregos com a exigência de investimentos do Estado”. Ao final do evento, parabenizou Afif por “capilarizar cada vez mais ações como essa”.
Como nos eventos anteriores, o debate desta segunda-feira foi transmitido pela internet e contou com a participação do público. Em resposta à enquete “Após imposto da Nota, o que o Governo deve fazer?”, a maioria dos internautas (47%) escolheu “reduzir tributos”.