SÃO PAULO – As sócias Vera Fortuna, Eliana Benites e Paola Gorios comandam há oito anos o Café com Mandioquinha, uma espécie de restaurante e café gourmet no centro de São Paulo. Elas fazem parte de uma parcela de empreendedores que não tem interesse em expandir o negócio. São empresários com formação universitária, especialização, dinheiro no bolso e anos de experiência na função, mas sentem-se avessos à pressão do mundo do “business”. Investidores, novas unidades e metas ascendentes de faturamento não fazem parte de suas ambições. São os empresários light, um grupo que não está maior, simplesmente, porque optou por isso.
A intenção de permanecer como uma pequena empresa é tão grande que as donas do “Café com Mandioquinha” até fazem careta só de pensar em mudanças. “Nossa, não, a gente quer ficar desse jeito, estamos bem assim”, diz Eliana, que é médica, assim como Paola. “Quando não estou clinicando, estou aqui. E para a gente é como um oportunidade de receber as pessoas, atendê-las. A gente conhece todo mundo que vem aqui”, diz.
Eliana deixa claro que sua relação com a empresa é totalmente diferente da adotada pela maioria dos empreendedores. “É onde eu recarrego as energias. Vejo as pessoas entrarem aqui e ficarem conversando felizes. Sinto como se estivesse recebendo todo mundo em casa”, afirma.
Fonte: PME Estadão