Brasília – “Montei meu atelier mesmo cuidando dos meus filhos,” disse com orgulho a microempreendedora, Delci Lutz. Ela participou da cerimônia no Palácio do Planalto e representou os 5 milhões de MEIs existentes no Brasil. Com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, do ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, e do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o evento reforçou a importância, para a economia brasileira, desse tipo de empreendedor, que pode faturar até R$ 60 mil por ano e que existe desde 2009.
Ao receber uma placa comemorativa das mãos da presidente, Delci disse que além de usar o Bolsa Família e fazer cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para se tornar dona do próprio negócio, os cursos do SEBRAE foram fundamentais. “Às vezes a conta não fecha”, ressaltou a gaúcha que cria e costura figurinos para espetáculos de dança e teatro e que se formalizou após um curso na área.
Mãe de dois filhos, hoje a empreendedora fatura entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil por mês, já comprou duas máquinas industriais e é professora de Corte e Costura no município de Morro Reuter. Antes, a renda da família era de apenas meio salário mínimo. “Sempre acreditei que ia fazer algo diferente, mas faltava um voto de confiança. Aí veio o Bolsa Família, depois o Pronatec e o SEBRAE, que me ajudaram no meu sucesso”, comemorou Delci.
Hoje, o País tem mais de 2,3 mil registros diários na categoria de MEI, o que corresponde a 97 inscrições por hora. “São 5 milhões de batalhadores que deixaram para trás o medo da fiscalização. Ter o negócio formalizado implica em autoestima. Implica em se colocar no mundo como cidadão, com direitos e deveres”, afirmou Dilma Rousseff.
“O MEI se tornou uma alternativa real para os beneficiários do Bolsa-Família. Ou seja, estão identificando oportunidades de ter seu próprio negócio e superar a pobreza”, reforçou o presidente do SEBRAE. A capacitação foi defendida por Luiz Barretto como o fator que faz a diferença na gestão das empresas. “O SEBRAE tem esse papel de melhorar a gestão e dar acesso ao empreendedor a novos mercados”.
Já o ministro Guilherme Afif Domingos disse que depois que esse empreendedor consegue melhorar de vida, ele passa a se autossustentar e não depender mais dos incentivos do governo. “Cerca de 500 mil oriundos do Bolsa Família vieram para o MEI. É esse o caminho. À medida que eles ascendem a mínimas condições sociais, a primeira coisa que eles buscam é a certificação”, explicou.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias/RS