Depois do “impostômetro”, criado em 2005 para calcular quanto o brasileiro paga de impostos municipais, estaduais e federais, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) lançará, em fevereiro de 2013, a primeira versão do “gastômetro“. O sistema, como o nome diz, apontará, com detalhes, o destino dos gastos do governo federal e dos Estados e, futuramente, também de todos os municípios brasileiros.
“Inicialmente estarão disponibilizados dados maiores, como, por exemplo, os gastos da área de segurança de um município”, explicou Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo. Segundo ele, a base de dados da primeira versão do programa, ainda em desenvolvimento, já possui informações dos governos federal, de São Paulo, outros Estados e municípios.
“Uma das dificuldades é que nem todos possuem dados para serem disponibilizados, como prevê a lei de acesso à informação”, explicou Amato. “Mas, no futuro, quem consultar o sistema, poderá saber quanto a prefeitura de Piracicaba gastou em um grupo escolar da cidade”, exemplificou. De acordo com Amato, o “gastômetro” terá dois tipos principais de usuários: a imprensa e integrantes de partidos de oposição.
Durante o lançamento do novo sistema, Amato destacou a importância de Afif na grande vitória da ACSP com a lei que obriga a discriminação dos impostos nas notas ficais de produtos e serviços. “Esse trabalho iniciado pelo Guilherme Afif há anos que coletou 1,5 milhão de assinaturas, foi aprovado no Senado e somente agora foi aprovado na Câmara Federal. Essa é uma pequena revolução para a cidadania brasileira, que não vai elevar custos para os empresários”, disse.
Já o “impostômetro” deve encerrar 2012 apontando um total de R$ 1,55 trilhão em impostos arrecadados, um pouco acima dos R$ 1,51 trilhão de 2011. Na tarde desta terça-feira, o total superava R$ 1,45 trilhão.
Fontes: Agência Estado e Diário do Comércio