O Indicador de Nascimento de Empresas, apurado pela Serasa Experian, apontou que em abril foram criados 163.023 novos empreendimentos. O resultado representa um alta de 7,9% na comparação com o mês anterior e é recorde para abril desde o início da série histórica, em 2010. A diferença na margem é explicada pela celebração do carnaval em março deste ano, o que diminuiu o ritmo de criação de empresas no mês, segundo a entidade.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, além do fator calendário do carnaval, o aumento se deve também ao movimento de crescente formalização da economia, com novos Microempreendedores Individuais (MEIs). Esse movimento, diz, é contrário ao que ocorre com outros tipos jurídicos, como cias limitadas e empresas individuais, em que o número de novas aberturas está em queda dado o mau momento da economia.
De janeiro a abril de 2014, a criação de novos negócios no País foi de 632.547, alta de 6,9% ante o primeiro quadrimestre do ano passado e também é o valor mais alto registrado nos cinco anos da pesquisa.
Na análise por tipo de empreendimento, os microempreendedores individuais foram os que registraram o maior crescimento (10,4%) em relação a março, com a criação de 118.584 empresas em abril. Em segundo lugar aparecem as sociedades limitadas, com alta de 2,4%. Já as empresas individuais foram as que apresentaram o menor avanço, de 0,4%.
Entre os setores, o destaque continua sendo o de serviços, que responde pela maior fatia de novas empresas criadas. No acumulado de janeiro a abril, a participação do segmento avançou de 53,3%, em 2010, para 59,0%, em 2014. O comércio apresenta uma trajetória contrária, com declínio de 35,2% para 31,1% no mesmo período. Já o ritmo de criação de empresas na indústria permanece estável desde 2010 e atingiu 8,4% no primeiro quadrimestre de 2014.
Na abordagem por regiões, o Sudeste registrou o maior número de empresas abertas entre janeiro e abril deste ano (50,3% do total), seguido pelo Nordeste (18,3%), Sul (16,2%), Centro-Oeste (9,7%) e Norte (5,5%).
Fonte: Estadão