MPEs crescem na economia

22 de setembro de 2014
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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), encomendada pelo Sistema Sebrae, apontou o crescimento da participação das Micro e Pequenas Empresas (MPE) na construção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que reúne a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região. Utilizando os dados concretos do triênio 2009-2011, as nove milhões de MPE em todo o país representaram 27% do PIB brasileiro, mais da metade dos empregos formais e uma contribuição estimada em R$ 599 bilhões à economia nacional.

A evolução do pequeno negócio na economia é nítida quando se comparam dados de pesquisas anteriores: em 1985, a contribuição das MPE para o PIB brasileiro era de 21%, subindo pouco mais que 23%, em 2001, até alcançar os 27% revelados na pesquisa atual – ou seja, mais de um quarto de toda riqueza produzida no Brasil.

“As Micro e Pequenas Empresas já são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil (53,4% do PIB desse setor). No PIB da indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) tem origem nos pequenos negócios”, diz a apresentação do estudo, escrita pelo diretor presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto.

O comércio varejista e a prestação de serviços foram os setores em que houve mais atuação das MPE – a atividade de indústria estabeleceu-se entre as empresas de médio e grande porte, que se beneficiam da economia de escala –, repercutindo nos dados sobre empregos formais. Em 2011, 44% das vagas de trabalho em serviços e, aproximadamente, 70% dos empregos gerados no comércio estavam nas Micro e Pequenas Empresas.

No período de 2009 a 2011, o valor agregado das MPE na economia nacional cresceu de R$ 445 bilhões para R$ 599 bilhões. Estima-se que, nos anos de 2012 e 2013, esses valores tenham sido, respectivamente, de R$ 631 bilhões e R$ 696 bilhões, um crescimento médio anual de 11% a valores nominais.

Setor a setor

A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicou que a importância das Micro e Pequenas Empresas no período levantado (2009 a 2011) foi realçada em todas as dimensões e em todas as atividades.

No setor de serviços, as MPE geraram 36,3% do total do valor adicionado do setor; representavam 98,1% do número de empresas; empregaram 43,5% dos trabalhadores e pagaram 27,8% das remunerações de empregados no período.

No setor de comércio, corresponderam a 53,4% do total do valor adicionado do setor; representavam 99,2% do número de empresas; empregaram 69,5% do pessoal do setor e foram responsáveis por 49,7% das remunerações.

No setor industrial, as MPE geraram 22,5% do valor adicionado do setor, representando 95,5% do número de empresas, 42% do pessoal empregado no setor e 25,7% das remunerações do período.

Mais uma vez, quando comparados os dados das pesquisas anteriores, percebe-se o fortalecimento das Micro e Pequenas Empresas e sua participação na construção do PIB brasileiro em cada setor da economia.

Fonte: Agência Sebrae

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