Rio de Janeiro – Brasileiros e estrangeiros que estiverem no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas 2016 ganharão mais uma opção de lazer no coração cultural e histórico da capital carioca. O Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) será aberto ao público no dia 22 de março com uma exposição que apresenta um panorama abrangente da produção artesanal brasileira. A mostra fica em cartaz até 11 de setembro e promete ser mais um programa para os turistas nos intervalos dos Jogos Olímpicos. Os visitantes também poderão levar um pouco do artesanato do Brasil para casa, já que parte das peças da exposição serão vendidas na loja Brasil Original.
Durante as Olimpíadas, o Sebrae também pretende viabilizar ônibus que transportem os turistas dos pontos dos jogos e das instalações onde estarão os atletas, como a Vila Olímpica, para o CRAB. “Vamos facilitar a acesso dos turistas brasileiros e estrangeiros ao CRAB para que eles conheçam o artesanato de todos os estados do país”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “Também queremos montar quiosques que vendam o artesanato em diferentes pontos da cidade. Para ajudar a promover o artesanato, temos que ajudar a vendê-lo”.
Com curadoria de Adélia Borges e Jair de Souza, a exposição Origem Vegetal: a biodiversidade transformada apresentará cerca de 800 peças elaboradas por artesãos que atuam nas 27 unidades da Federação. A exposição tem como escopo os objetos feitos com matérias-primas de origem vegetal, derivados de plantas e árvores, tais como madeiras, palhas, sementes e resina.
As tipologias de objetos selecionados incluem jogos americanos, luminárias, móveis, cestas, bolsas, talheres, joias, painéis decorativos, flores, brinquedos, tecidos, tapetes, almofadas, chapéus, mantas e esculturas. A lista de obras tem cerca de cem espécies vegetais que vêm sendo transformadas pelas mãos de nossos artesãos, entre elas fibras vegetais de todos os tipos e texturas, sementes de várias cores e tamanhos, madeiras, borrachas.
A pesquisa para a seleção das obras expostas envolveu uma vasta rede, com a participação dos gestores estaduais dos programas de artesanato do Sebrae. Houve um grande esforço de pesquisa e de procura de elementos novos, de pessoas que estavam sem visibilidade, trabalhando isoladamente na sua comunidade. “A escolha dos objetos a serem expostos obedeceu a um critério de excelência, quebrando o paradigma da feira e do produto de baixo valor agregado para requalificar o artesanato num patamar mais alto”, afirma a diretora-técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. “Essa visão rica, abrangente e plural da produção artesanal no Brasil atual contribuirá para reposicionar a percepção do valor e da qualidade do artesanato brasileiro”, acrescenta ela.
Empreendedorismo
A exposição traz um painel transversal da produção artesanal do país. Na seleção, predominam trabalhos de autoria coletiva, elaborados por cerca de 50 associações ou cooperativas artesanais, tanto rurais quanto urbanas, e por cerca de 20 etnias indígenas. Nessas comunidades espalhadas pelo país, iniciativas marcadas pelo empreendedorismo e pela inovação social trazem um novo impulso ao desenvolvimento local. Além disso, estão expostos os trabalhos de 53 autores individuais, entre artesãos autônomos formalizados como Microempreendedores Individuais (MEI) e artistas. Entre eles há mestres reconhecidos, tais como: Véio, de Sergipe; Cunha, de Pernambuco; Antônio de Dedé, de Alagoas; e Getúlio Damado, do Rio de Janeiro.
Cinco artesãos, mestres reconhecidos por seu trabalho, foram convidados pelo Sebrae e estarão presentes na abertura da exposição: a artista Mônica Carvalho, do Rio de Janeiro; Tereza Kummer, da Associação Tranças da Terra de Santa Catarina; Célio Terêncio, do Amazonas; Cláudia Castelão, da empresa Flor de Xaraés de Mato Grosso do Sul, e Evanira Gonçalves, da cooperativa dos trançados Tupinambás (Copartt), da Bahia. No desenvolvimento desses trabalhos, especialmente aqueles mais ligados à inovação, houve a participação de 52 designers reconhecidos nacionalmente e até internacionalmente, como Renato Imbroisi, Heloísa Crocco, Jum Nakao, Marcelo Rosenbaum, Paula Dib, Ronaldo Fraga e Sérgio Mattos. Há ainda peças concebidas e assinadas por designers como Érico Gondim e Rodrigo Ambrósio que utilizam elementos artesanais.
O CRAB também contará com um restaurante e um café/bistrô abertos ao público que vão servir pratos que demonstrem a riqueza gastronômica brasileira por meio de ingredientes e práticas culinárias típicas. Passam a funcionar a partir do dia 22 de março, quando o Centro será aberto ao público. O restaurante ficará aberto das 11h às 23h.
Serviço:
Exposição Origem Vegetal no CRAB
Quando: A partir de 22 de março
Endereço: Praça Tiradentes 67, 68 e 71, Centro, Rio de Janeiro
Telefone: (21) 3065-4333
Horários: terças das 10 às 19 horas, quartas a sábados das 10 às 17 horas
Entrada gratuita
Fonte: Agencia Sebrae de Notícias