Apesar de não ser uma festa estável, o Carnaval é praticamente uma indústria que oferece novas oportunidades e demandas a cada ano no Brasil. A festa é responsável por milhares de empregos diretos e centenas de postos temporários em todo o país, além de incentivar o empreendedorismo principalmente no setor de artesanato.
Especialistas em economia criativa alertam, no entanto, que o crescimento de novas iniciativas torna necessário o incentivo para a formalização dos empreendedores. A grande maioria dos fornecedores é autônoma, e precisa se profissionalizar e sair da informalidade.
“Faltam elementos do ponto de vista da formação do empreendedor, da orientação para o mercado, da determinação de preços do seu produto ou serviço e de como ele se relaciona com o ambiente de trabalho”, diz Heliana Marinho, coordenadora do Sebrae-RJ, “é preciso transformar o empreendedor em um agente de negócios mesmo”. Ela destaca que a legislação do MEI é adequada ao universo do carnaval, constituído de grande quantidade de pequenos e micro prestadores de serviços que atuam na área de acessórios, fantasias, pinturas, maquiagem, serralheria, marcenaria, iluminação, som e logística.
Ações para incentivo da formalização e do crescimento do empreendedorismo no meio carnavalesco não faltam. Uma delas é a Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil (Amebrás) fundada em 1998, que atua no segmento do carnaval com a proposta de qualificar pessoas em diversas áreas e inserir os profissionais no mercado de trabalho. Outra é a Associação Independente de Blocos de Carnaval de Rua, do Rio de Janeiro, que vai promover no meio do ano a primeira edição da “Carnavália – Feira de Negócios e Empreendedorismo do Carnaval”. A intenção é reunir os fornecedores do carnaval em um mesmo local, para que eles se conheçam, mostrem seus trabalhos e sejam vistos por futuros clientes do setor.
Fonte: Agência Brasil