BAHIA – A Microempreendedora Individual (MEI) Elizabete Maria de Jesus, proprietária de um salão de beleza na cidade de Nilo Peçanha, baixo sul da Bahia, iniciou sua trajetória empreendedora há 20 anos. Aos 18, ela decidiu buscar um caminho para o aprendizado de técnicas de salão de beleza. Morava em Salvador e participou de diversas capacitações na capital baiana. Depois, mudou-se para Nilo Peçanha, para morar com a mãe, que resistiu à decisão da filha. Elizabete, no entanto, estava decidida a ser dona do próprio negócio e queria realizar o sonho de abrir um salão na cidade. “Quando cheguei, abri o meu primeiro salão de beleza na sala da minha mãe. Tinha apenas um secador de cabelo e lavava os cabelos das clientes na lavanderia. Além disso, prestava serviços de manicure e à noite eu costurava para poder gerar recursos e adquirir o meu próprio ponto”.
Com o tempo, Elizabete viu sua clientela crescer e conseguiu comprar um terreno para construir o salão. “Eu mesma cuidei da divulgação do meu trabalho. Ia às rádios anunciar e distribuir cartões de visita para as pessoas. Fazia a propaganda do meu salão de beleza de boca a boca. Hoje, tenho clientes de vários lugares”, conta.
A empresária relata que sua vida começou a mudar no dia em que ela procurou o Sebrae. “A instituição foi a ferramenta que faltava em minha vida. Recebi no meu salão a visita de uma agente do Sebrae, que esclareceu as dúvidas. Assim, resolvi me formalizar”, diz. Elizabete revela que muitas pessoas hoje pedem para explicar como funciona o processo de formalização. “Digo sempre que muita coisa muda na nossa vida e para melhor. As portas se abrem para quem está formalizado. Passei a ganhar muito mais credibilidade depois de me tornar uma Microempreendedora Individual”, declara.
Após formalização, além do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), Elizabete adquiriu a maquineta de cartão de crédito, abriu a conta bancária da empresa, contratou uma funcionária com carteira assinada e todos os benefícios trabalhistas. Ela ainda reformou o salão de beleza e, com o aumento da clientela, conseguiu recursos para mobiliar a casa e comprar um carro novo. “Vou adiante, porque, para mim, o céu é o limite. Antes, não tinha descanso, trabalhava de domingo a domingo. Hoje, não trabalho aos domingos, segundas e feriados. Depois das orientações do Sebrae, tudo em minha empresa melhorou”.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios