Hoje é o Dia da Criança e muitos pais ainda estão na correria para atender aos desejos de seus pimpolhos. Porém, muitos deles não sabem por que a maioria dos brinquedos custa tão caro. Pois se não fossem os impostos, bolas, bonecas e jogos custariam até menos da metade do preço.
Na semana do Dia da Criança, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) fez um levantamento dos tributos incidentes sobre o valor dos presentes mais procurados nesta data. Segundo o instituto, além do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), brinquedos eletrônicos e importados possuem embutidos no preço o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), Imposto de Renda e tributos de importação.
O videogame está no topo da lista dos brinquedos com a carga de impostos mais pesada: 72,1%. Já uma boneca que custa R$ 150 nas prateleiras poderia ser vendida por R$ 90,45 se não fosse o imposto de 39,70% sobre o valor. O mesmo acontece com as bolas de futebol (46,49%) e as bicicletas (45,93%).
Para melhorar a venda no Dia das Crianças, a indústria nacional reduziu em 3% os preços dos produtos. A Associação Brasileira das Fabricantes de Brinquedo (Abrinq) espera que essa deflação gere incremento de 14% no resultado frente ao mesmo período do ano passado.
Segundo o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, os altos impostos acabam sendo um estímulo à informalidade, pois com os preços elevados, muitos pais optam por brinquedos piratas, que não pagam tributos. “Quanto maior a diferença de preços, maior o estímulo pelos produtos informais. Só que isso vira um círculo vicioso, e quanto menos pessoas pagarem tributos, maior será o valor para o que comprarem itens com impostos”, diz ele.
Fonte: Diário do Grande ABC e Sebrae