MINAS GERAIS – Para resolver o problema da dengue, um biólogo criou um sistema de controle da doença bastante diferente. Em vez de eliminar os focos, o Monitoramento Inteligente da Dengue (MI-Dengue) extermina os mosquitos que transmitem a doença. A invenção é do professor mineiro Álvaro Eiras, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A princípio, Eiras desenvolveu uma armadilha para o Aedes aegypti. Batizada de MosquiTRAP, a estrutura conta com uma fita adesiva, em que a fêmea do mosquito – os machos não têm o vírus da dengue – fica grudada, morre e deixa de colocar ovos. Mas o mosquito não chega à MosquiTRAP por conta própria. Para pegar o inseto, Eiras desenvolveu o AtrAedes, um odor que atrai a fêmea. “Até havia produtos semelhantes no exterior, mas as taxas de importação deixavam os preços muito altos. Para diminuir os custos, comecei a trabalhar em uma alternativa própria”, diz o professor. Posteriormente, Eiras se aliou a outros sócios e criou a Ecovec, empresa que lançou o MI-Dengue comercialmente.
A plataforma de controle não foi criada para o varejo, mas para o poder público. Hoje já é reconhecida no exterior, e foi uma das vencedoras do Tech Museum Awards, onde o prêmio foi entregue por ninguém mais, ninguém menos, do que Bill Gates.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios