Afif sinaliza distância da disputa eleitoral

7 de abril de 2014
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O ministro das Micro e Pequenas Empresas, Guilherme Afif Domingos, está em uma posição rara para as eleições em outubro deste ano: em tese, apoia três candidatos a governador de São Paulo ao mesmo tempo. Filiado ao PSD, desde 2013 Afif acumula o posto no primeiro escalão do governo petista com o cargo de vice-governador de São Paulo, para o qual foi eleito pelo DEM em 2010 na chapa do PSDB. Assim, poderia participar dos palanques do ex-prefeito da capital Gilberto Kassab, que estuda se será candidato a governador pelo PSD, do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentará a reeleição, ou do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes.

“Meu único palanque é o das micro e pequenas empresas”, resumiu Afif quando questionado sobre o assunto, durante reunião em São Paulo para apresentação das mudanças no Simples Nacional, indicando que pode se concentrar nos trabalhos do ministério e não se envolver na disputa política deste ano. Pende, no entanto, a estar ao lado da oposição a Alckmin. Em entrevista recente a O Estado de S.Paulo, acusou o atual governador de articular politicamente por meio do “varejinho”, “distribuindo dinheirinho para ganhar eleição”. Embora o PSD siga votando predominantemente com a base aliada do governador na Assembleia Legislativa, os representantes da legenda que sobem o tom do discurso contra a gestão do PSDB em São Paulo viram seu prestígio valorizado no fronte petista. É o caso de Afif.

No evento em São Paulo, o ministro abriu sua palestra com um vídeo institucional da presidenta Dilma Rousseff solicitando expressamente ao empresariado brasileiro que apoie as iniciativas do ministro, distinção rara no primeiro escalão do governo federal. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), completou o afago ao ex-adversário em seu discurso. “A nomeação do Afif para o ministério [das MPEs] foi provavelmente a melhor coisa que a presidenta Dilma fez em seu governo”, disse, a uma plateia de empresários e entidades patronais.

Fonte: Rede Brasil Atual

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