Nesta terça-feira, Afif falou sobre o novo crédito a ser disponibilizado para as pequenas empresas. A ideia é utilizar o depósito compulsório que os bancos recolhem no Banco Central. “Queremos utilizar parte desse dinheiro do compulsório dos bancos, que fica congelado no Banco Central, para ser injetado em crédito direcionado ao micro e pequeno empresário a juro favorecido e sistema simplificado de concessão”, disse. “Esse dinheiro é de custo barato, está congelado. Isso seria injetado em crédito para investimento, voltado a bens e equipamentos para a micro e a pequena empresa, não poderia usar para capital de giro.”
Segundo Afif, a ampliação de linhas de crédito para o setor foi uma das missões que recebeu da presidente Dilma Rousseff quando assumiu o ministério no início do mês. Ele destaca que os bancos têm interesse em poder utilizar esse dinheiro e espera tê-los como aliados. Ele acredita que a liberação do crédito de forma exclusiva para investimento em pequenos negócios pode ajudar uma cultura nos bancos de varejo para realizar microcrédito com essa finalidade de maneira mais frequente. “Você tem de preparar os bancos de varejo para trabalhar com investimento”, explica.
Ampliação de faixas para o Simples
Outra proposta do ministro para o setor é a criação de mais faixas para o Simples a quem estiver acima do teto, atualmente de R$ 3,6 milhões de receita bruta anual. Segundo ele, o modelo atual dificulta a vida de quem consegue obter sucesso. Alguns empresários chegam a “frear” o crescimento de seus negócios para não ultrapassar o teto atual; outros optam por abrir novos CNPJs para não perder o benefício da tributação simplificada. “Hoje você não tem mais carro de três marchas, você precisa de mais marchas. É a mesma coisa nessa área, é preciso criar faixas para ampliar o Simples e permitir às empresas crescerem”, disse o ministro.