Em entrevista ao Broadcast, o ministro Guilherme Afif falou sobre as novas empresas que deverão aderir ao Supersimples com o fim do prazo para novas inscrições. Segundo o ministro, a previsão da SMPE é de que mais de 483,8 mil entrem no regime fiscal.
Se a previsão do ministro se concretizar, o crescimento será de 117% em relação ao movimento de janeiro de 2014 (223 mil empresas). “A projeção que estamos fazendo é 483 mil, mas eu aposto em 500 mil novas empresas, porque a turma deixa para a última hora”.
Em relação às declarações de analistas sobre a linha tênue do Simples e o modelo de arrecadação do regime de lucro presumido, Afif respondeu: “Muito se fala que não vale a pena porque foi equiparado ao lucro presumido, mas a turma está fazendo as contas e vendo que vale a pena”.
O ministro considera que os novos entrantes elevarão a arrecadação do governo em função da maior formalização de profissionais liberais – caso suas pequenas e microempresas cresçam. “É só a empresa crescer 4% que anula todo o ônus para o caixa do governo”, afirmou.
A redução apontada pelos estudos da FGV deve ocorrer a partir dos mecanismos de transição fiscal entre o Simples e outros regimes, como o lucro presumido. O ministro Afif disse que a “rampa de transição” tributária será feita na forma de projeto de lei para o Congresso em fevereiro. Mas antes de enviar o projeto, Afif precisa negociar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Eles se encontrarão nos próximos dias para tratar das faixas de transição tributárias, que hoje podem chegar a uma diferença de 54% para o setor de serviços. “Quando todos pagam menos, o governo arrecada mais”.
Afif confia no apoio do titular do Planejamento, Nelson Barbosa, para aparar qualquer aresta com Levy. “Temos um bom contraponto dentro do governo para nos ajudar a discutir”, disse Afif.
Fonte: Agência Estado