São Paulo é considerada a capital da migração libanesa. O Brasil possui hoje cerca de 7-8 milhões de descendentes de libaneses, sendo que 4 milhões deles residem no estado de SP.
Os primeiros imigrantes chegaram ao Brasil por volta de 1880, quatro anos após a visita do imperador Dom Pedro II ao Líbano, e focaram em dois grandes centros em expansão: o da borracha, no Norte do país, e o do café, no Sul e Sudeste, onde muitos vieram trabalhar também como comerciantes. Segundo o Cônsul-Geral Kabalan Frangieh, quase todas as famílias no Líbano têm pelo menos um familiar que vive no Brasil.
Por isso a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) do Itamaraty realizou, nesta semana, o I Curso para Diplomatas dos Países Membros da Liga dos Estados Árabes (LEA). O curso teve como objetivo aprofundar o conhecimento dos participantes sobre o Brasil, incluindo visitas a importantes instituições brasileiras.
Em encontro com Afif, os diplomatas árabes puderam conhecer melhor o peso econômico de São Paulo e a contribuição da comunidade árabe (libanesa) para o desenvolvimento do estado, onde existem muitas empresas brasileiras fundadas por imigrantes e descendentes libaneses.
Além da economia, a presença libanesa no país é percebida também na culinária e na língua, que assimilou palavras do árabe, e diversos outros setores.