Crescimento das microcervejarias abre espaço para novos empreendedores
21-07-2017A crise econômica não inibiu a expansão do mercado de cervejas artesanais no Brasil, nos últimos anos. Pelo contrário, o consumo cresceu, em média, 20% ao ano e a expectativa é de que, até o final de 2017, 500 cervejarias artesanais estejam operando no país. Atento a esse movimento e às necessidades de melhoria dos processos, produtos e gestão das microcervejarias, o Sebrae vai participar da Brasil Brau (Feira Internacional de Tecnologia em Cerveja), considerada o maior evento profissional da indústria cervejeira no país. A Brasil Brau vai acontecer no período de 26 a 28 de julho, no Centro de Exposições São Paulo Expo, na capital paulista.
Os empresários e potenciais empreendedores poderão visitar o estande do Sebrae na feira Brasil Brau, onde vão receber informações gerais sobre como o Sebrae apoia a fase de implantação do negócio. A proposta é aproximar o público do evento do Sebrae, que já tem projetos específicos do segmento em algumas localidades. “Estamos apoiando projetos em andamento nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, voltados para o desenvolvimento de cerca de 140 microcervejarias ao todo”, destaca a gestora nacional do projeto de microcervejarias no Sebrae, Mayra Viana. “O brasileiro é um dos maiores consumidores de cerveja do mundo. Enquanto a classe C opta pelas grandes marcas, as classes A e B buscam produtos que apresentem diferenciação, uma característica marcante das cervejas artesanais. Por isso, acreditamos que ainda há um mercado muito expressivo a ser ocupado pelos pequenos negócios”, explica Mayra.
A indústria brasileira já identificou o crescimento de uma tendência de parte significativa dos apreciadores da bebida de consumir produtos mais elaborados e de maior valor agregado. De olho nesse consumidor – que “bebe menos, mas quer uma bebida melhor” – as pequenas cervejarias estão crescendo e direcionando suas estratégias. Nesse contexto, a inserção das microcervejarias no Super Simples a partir de 2018, resultado de uma ampla articulação do segmento, com apoio do Sebrae, também é uma ação importante que vai abrir espaço para novos investimentos dos pequenos negócios. As cervejarias artesanais brasileiras têm, em sua maioria, uma produção ainda muito tímida: em média, cerca de 20 mil litros de cerveja por mês. Além disso, 91% desses estabelecimentos estão localizados nas regiões Sudeste e Sul.
Para conhecer a ideia de negócio criada pelo Sebrae acesse:
Como montar uma microcervejaria
Estudo do Sebrae reúne oportunidades para microcervejarias
Serviço
Evento: Brasil Brau
Data: 26 a 28 de julho
Local: Centro de Exposições São Paulo Expo – SP
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Mais da metade das empresas de pequeno porte são familiares
04-07-2017Brasília – Ter um membro da família como sócio ou empregado é realidade entre a maioria dos pequenos negócios. De acordo com pesquisa do Sebrae, 52% das micro e pequenas empresas brasileiras podem ser consideradas familiares, ou seja, possuem sócio ou empregado que são parentes. Quanto maior o porte, maior a participação familiar. O levantamento do Sebrae constatou que de cada dez empresas de pequeno porte, seis são familiares. Quando a análise é feita entre as microempresas, esse número cai para cinco, de cada dez.
“No Brasil há uma cultura forte de empreendedorismo entre parentes. O importante nessa relação é profissionalizar a gestão empresarial para evitar erros e atritos em família”, afirma o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Ele ressalta que é importante separar a vida profissional da pessoal, como não misturar o caixa da empresa com o caixa pessoal, mas quando a relação é pautada no profissionalismo, o trabalho em família pode ser ainda mais lucrativo.
Ao envolver a família é preciso remunerar o funcionário parente como um profissional, conforme salário de mercado e função a ser desempenhada. Além disso, nada de conceder privilégios ao empregado ou sócio só porque é membro familiar. O ideal é cobrar resultados com até mais rigor para dar exemplo aos demais. Sem essas precauções, quem perde é o negócio, que fica menos competitivo.
O presidente do Sebrae destaca que no mundo globalizado, a concorrência está muito acirrada e os consumidores estão cada vez mais exigentes. “Por isso, tanto uma empresa familiar quanto qualquer outra precisa buscar inovação para se tornar competitiva no mercado. Inovar é o caminho para se destacar, mostrar um diferencial e continuar crescendo”, enfatiza Afif.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Número de oficinas mecânicas de pequeno porte cresce 11,5% em 2017 Negócios no ramo abrem oportunidades para empreendedores,
04-07-2017Brasília – Trezentos e cinquenta e cinco mil serviços automotivos do país são mantidos por micro e pequenos empresários, segundo as estatísticas do Simples Nacional (SINAC). O número é 11,5% maior do que o registrado em 2016 (317.691). O mercado automotivo está em expansão no Brasil. Em apenas dois anos, a frota de veículos no Brasil cresceu 8,3%, passando de 86,7 milhões, em 2014, para 93,8 milhões, em 2016, de acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Com tantos veículos em circulação, há um grande mercado para as oficinas mecânicas no País.
O volume de recurso movimentado também é expressivo – R$ 66,4 bilhões em 2016, conforme a Associação de Entidades Oficiais da Reparação de Veículos do Brasil (Sindirepa). Com um mercado desse porte, abrir uma oficina de reparo de veículos pode ser uma boa saída para quem quer empreender. Mas, antes, é necessário se preparar.
Foi o que fez Francisco Severiano Alves, da Mecânica Chiquinho, da cidade de Itaquaquecetuba (SP). Quando abriu a oficina (1994), embora tivesse experiência na área, não conhecia estratégias de gestão de negócios. Em 2002, conheceu o Sebrae e começou a fazer cursos. “Procurei ter foco e a fazer a gestão da empresa”, diz. Resultado: em 2010 ganhou o Prêmio Competitividade para Micro e Pequenas Empresas (MPE), na categoria Modelo de Excelência e Gestão – comércio no estado de São Paulo.
“Ter informação segura é essencial na hora de decidir investir em um negócio, pois ajuda a avaliar o melhor caminho. Além disso, o apoio técnico e consultoria especializada são importantes”, diz o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
Vanessa Torigoe também apostou em qualificação. Em 2010, ela abandonou a carreira de nutricionista e se juntou ao esposo para empreender. Então, procurou o Sebrae. Após enfrentar problemas para consolidar o negócio, em 2013 o casal inaugurou a sede da Torigoe – Centro de Diagnóstico Automotivo, no bairro de Tatuapé (SP). “Dentro do Sebrae aprendi lições importantes e me tornei uma empreendedora. O Sebrae me deu toda a assessoria para que eu continuasse meu negócio”, diz. Vanessa afirma que, hoje, não se pode aventurar num negócio sem antes ter conhecimento, bom planejamento e ir ao Sebrae. “Tem que aprender a empreender”, completa.
Kleybson César Braz de Lucena começou seu negócio em 2005, com apenas dois estagiários e um funcionário, em 200 metros quadrados. Hoje, a Lucena Autoservice emprega 22 pessoas e ocupa 1.200 metros quadrados. As dificuldades no caminho foram vencidas com perseverança e o apoio do Sebrae (consultoria especializada, visitas técnicas e treinamentos). Ele colocou em prática o que aprendeu e deslanchou. Hoje, seu faturamento é de R$ 350 mil por mês, bem acima dos R$ 30 mil de 2005.
Para quem quer fazer uma aposta nesse ramo, a busca por informação pode começar pelo Portal do Sebrae. Um dos materiais disponíveis é a cartilha “Reparação de Veículos: um negócio promissor!”, que traz dicas e orientações que podem ajudar na decisão de abrir ou de manter esse tipo de negócio. O material foi elaborado em 2015 pelo Sebrae São Paulo e a Sindirepa.
Outro material interessante para os empreendedores deste setor é a cartilha Minha Empresa Sustentável – Para Atuais e Futuros Empresários, elaborada pelo Centro Sebrae de Sustentabilidade. O material apresenta um olhar abrangente sobre as dimensões da sustentabilidade, e demonstra que é possível oferecer serviços exclusivos com menor impacto ambiental e atender à enorme demanda do setor.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Reunião debaterá avanços no comércio bilateral Brasil-Argentina
04-07-2017Brasília – Mais um capítulo do processo de facilitação do comércio bilateral do Brasil com a Argentina vai ocorrer na segunda-feira (3), em Curitiba (PR). Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae, e Fabian Tarrio, presidente da Confederação Argentina da Empresa Média (Came) se reúnem às 16h, na sede do Sebrae no Paraná. O encontro será um desdobramento do Seminário Pymes Brasil-Argentina: Simplificación de Nuestro Comercio, realizado no dia 29 de maio na Embaixada do Brasil, em Buenos Aires, quando foram discutidas possíveis soluções para destravar o processo burocrático dos dois países.
De acordo com pesquisa do Sebrae, sete entre dez micro e pequenas empresas brasileiras que conseguem vender para fora do país desistem de permanecer exportando. “Brasil e Argentina preparam-se para uma guerra. Não uns contra os outros, mas se aliando na guerra contra a burocracia internacional nas fronteiras”, assinala Afif.
Os entendimentos com a Argentina fazem parte do projeto Simples Internacional, proposta do Sebrae elaborada com o apoio de parceiros governamentais para reduzir a burocracia e facilitar a logística para pequenos negócios que desejam exportar e importar produtos. Atualmente, nas fronteiras brasileiras com a Argentina, a média de tempo para a liberação de um caminhão é de 15 dias.
A convergência regulatória entre os países, como o reconhecimento mútuo de certificados fitossanitários e métricos, também está na pauta de um futuro acordo para beneficiar as micro e pequenas empresas dos dois países. Estudo encomendado pelo Sebrae ao Instituto Aliança Procomex mapeou 142 entraves para o comércio exterior de pequenos negócios brasileiros, mais de 60 deles nas relações comerciais entre Brasil e Argentina.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Empreenda Fácil registra 2 mil empresas e vai melhorar a competitividade do Brasil
03-07-2017São Paulo – O bom desempenho do programa Empreenda Fácil, que está sendo implementado na cidade de São Paulo com o objetivo de reduzir o tempo na abertura de empresas, poderá impactar no aumento da competitividade do país. No seu primeiro mês de operação, foram abertas 2 mil empresas na capital paulista, número festejado pelo prefeito João Doria, que participou nesta sexta-feira (30), com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, de reunião de avaliação do programa na Prefeitura de São Paulo. O encontro teve o objetivo de medir os resultados do primeiro mês de operação do programa. “A melhoria da competitividade se reflete em mais investimentos para o Brasil”, destacou Afif.
O município já recebeu informações de que os primeiros resultados do Empreenda Fácil, que reduziu em apenas um mês de operação o prazo de abertura de empresas de 128 para sete dias, deve se refletir na melhoria do Brasil no ranking Doing Bunisses, do Banco Mundial, no qual o Brasil ocupa hoje o 123º lugar. Esse índice reflete a competitividade de uma nação e, no caso brasileiro, é baseado principalmente no que ocorre no ambiente de negócios da capital paulista.
O programa trouxe facilidades como a redução da necessidade presencial para a realização das operações. A única interação presencial que ainda restava – a realização do Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) – será feita eletronicamente a partir da próxima segunda-feira (3). Outro avanço é a autodeclaração, ou seja, é o próprio empreendedor que fornece informações, por exemplo, se a sua empresa é de baixo risco. “O avanço que está acontecendo na maior cidade brasileira, que vai ajudar o país a melhorar neste ranking, é um exemplo a ser compartilhado para outras cidades também adotarem a simplificação”, destacou Afif Domingos.
O prefeito João Dória projetou que em 2018 o Brasil deverá ocupar uma das 50 primeiras colocações do ranking do Banco Mundial. Ele ressaltou que o cronograma do Empreenda Fácil – que atinge as empresas de baixo risco, que representam 80% das atividades econômicas da cidade – prevê que em dezembro deste ano o prazo de abertura de empresas seja reduzido para cinco dias e, em maio do ano que vem, para dois dias. De acordo com o prefeito, a meta para 2018 é acelerar o processo de abertura também para as empresas consideradas de alto risco, que envolvem licenciamentos mais complexos de órgãos do meio ambiente, corpo de bombeiros e vigilância sanitária. Por sua vez, o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, disse que a integração que possibilitou a implantação do Empreenda Fácil faz parte de uma agenda microeconômica desenvolvida pela instituição, incluindo também os programas desenvolvidos em conjunto com o Sebrae.
Segundo o presidente do Sebrae, o apoio da instituição ao Empreenda Fácil faz parte de um conjunto de ações para melhorar o ambiente de negócios no Brasil, que inclui também um pacote de investimentos de R$ 200 milhões junto à Receita Federal, permitindo a criação de dez sistemas que irão diminuir a complexidade e o tempo gasto no cumprimento das obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e de formalização. Afif lembrou que o sucesso do programa foi proporcionado pela integração de todos os poderes envolvidos no processo de abertura de empresas – União, Estados e Municípios. “Essa integração é fundamental para que o sistema funcione de forma eficiente. A luta pela integração não é fácil, já que muitas vezes ocorre o corporativismo e a resistência das burocracias internas”.
Doria enalteceu a participação do Sebrae no Empreenda Fácil. “Sem o apoio do Sebrae, certamente não estaríamos aqui hoje”, disse. O Sebrae e a Prefeitura de São Paulo assinaram no dia 6 de março um memorando de entendimentos para promover e apoiar a implementação do Empreenda Fácil na capital paulista. O documento, também assinado pelos governos Federal e do Estado de São Paulo, contempla ainda: atuar na formação e capacitação empresarial das micro e pequenas empresas; promover acesso a mercados e serviços financeiros. O memorando incluiu ainda implementar a Rede Simples; cooperar na formulação e implementação de políticas públicas municipais de simplificação para o registro e licenciamento empresarial; promover o estímulo à inovação e à cultura empreendedora; promover e apoiar a difusão do Programa Super MEI; e estimular as compras públicas de MEI, micro e pequenas empresas.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Microempreendedor Individual tem novas facilidades para pagar tributos
03-07-2017Brasília – Desde maio deste ano, os microempreendedores individuais (MEI) ganharam novas facilidades para manter em dia a contribuição mensal e reaver possíveis pagamentos efetuados em duplicidade. Nos últimos dois meses, foram disponibilizados, de forma on-line, a programação do débito automático e o pagamento do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI), e também o pedido eletrônico de restituição de tributos federais. A partir da próxima segunda-feira (3), os microempreendedores individuais também poderão, pela primeira vez, parcelar seus débitos tributários em até 120 meses e com parcelas mínimas de R$ 50.
As melhorias do Portal do Empreendedor, que possibilita a formalização imediata dos Microempreendedores Individuais (MEI), e a criação de sistemas que emitem documentos fiscais eletrônicos e executam restituições, parcelamentos e pagamentos de tributos federais são frutos do Empreender Mais Simples, convênio assinado entre o Sebrae e o Governo Federal, no início do ano.
A parceria prevê o aperfeiçoamento e/ou a criação de dez sistemas que irão diminuir a complexidade e o tempo gasto no cumprimento das obrigações tributárias, previdenciárias, trabalhistas e de formalização das empresas optantes pelo Simples Nacional. Para isso, o Sebrae está investindo R$ 200 milhões até o fim do próximo ano.
Veja quais as melhorias para o MEI que já estão implantadas:
Restituição de tributos
Os microempreendedores individuais (MEI) e as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional já podem receber a restituição de tributos federais que foram pagos indevidamente ou acima do valor devido por meio do Portal do Simples Nacional. O pedido de ressarcimento é feito de forma totalmente on-line e todo o processo é concluído em até 60 dias. Com essa iniciativa, o empresário não precisa mais se deslocar até um posto da Receita Federal.
Débito automático
Os microempreendedores individuais pode optar pelo débito automático do pagamento mensal do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI). Para isso basta acessar o site do Simples Nacional , clicar no banner da solicitação de Débito Automático. O MEI que quiser fazer essa opção deve possuir uma conta em um dos 11 bancos conveniados.
Pagamento on-line
Os MEI que são correntistas do Banco do Brasil podem efetuar o pagamento do boleto mensal pela internet. Para isso, é preciso emitir a guia no portal do Simples Nacional. Assim que o boleto é gerado, o usuário tem à disposição a opção de pagamento no Banco do Brasil. Através dessa opção, o usuário é levado para o ambiente do banco, onde é feita a verificação da senha de sua conta corrente. Confirmado o pagamento, o usuário receberá um comprovante de pagamento detalhado com o valor de cada tributo pago.
Renegociação
Os MEI que possuem boletos mensais em aberto, até maio de 2016, poderão parcelar os débitos em até 120 meses, a partir da próxima segunda-feira (3). O número mínimo de parcelas é duas e o valor de cada prestação deve ser de pelo menos R$ 50. O prazo para aderir ao programa de renegociação das dívidas em até 120 parcelas é de 90 dias, ou seja, os MEI com parcela em atraso têm até o dia 2 de outubro para aproveitar essa oportunidade. Quem perder esse prazo poderá continuar dividindo os débitos, mas o parcelamento será de apenas 60 meses. A solicitação de adesão será feita por meio do site da Receita Federal.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Congresso aponta a inovação como alternativa para a indústria brasileira
27-06-2017São Paulo – Não há futuro para a indústria brasileira fora da inovação. Essa foi a mensagem que deu o tom dos discursos de abertura do 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, que acontece em São Paulo até quarta-feira (28). Para as lideranças empresariais presentes ao evento, a nova revolução industrial que está em curso no mundo ameaça a frágil competitividade da economia brasileira. E, nesse contexto, a iniciativa privada tem o papel primordial de liderar o processo em busca de criar as condições necessárias para que a inovação esteja acessível a todas às empresas.
Uma iniciativa do Sebrae e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o congresso é o mais importante fórum de debate desse tema no país. Durante dois dias, empresários, autoridades, pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais vão discutir os rumos da inovação na indústria no Brasil. O tema do evento, nesta edição, é “Inovar é agregar valor”.
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o congresso é uma demonstração de força da sociedade brasileira. “A inovação vem da criatividade das pessoas. E hoje, essas pessoas para poderem criar, precisam estar em um ambiente favorável, sem carregar nas costas os encargos de uma burocracia paralisante que nós temos hoje no nosso país. Nós temos que estabelecer um ambiente favorável e não hostil para quem quer empreender”, destaca. Nesse contexto, de acordo com Guilherme Afif, o papel das micro e pequenas empresas é fundamental. “Por isso o Sebrae está investindo, em 2017, cerca de R$ 350 milhões em inovação, o que representa 35% do orçamento da instituição. Estamos lutando para criar um ambiente de negócios onde os investidores não tenham medo de investir nos pequenos negócios, que é onde está o cerne da inovação”, acrescenta o presidente do Sebrae.
Segundo o vice-presidente da CNI, Paulo Afonso Ferreira, a economia brasileira registrou uma perda significativa da relevância da indústria no PIB, nas últimas décadas. Em 30 anos, a participação do setor no PIB caiu de 22% (1985) para 11,4% (2016). “Ainda assim, a indústria é de fundamental importância para o País. Nós contribuímos com R$ 1,2 trilhão para a economia, empregamos 10,5 milhões de trabalhadores, respondemos por mais da metade das exportações brasileiras e dois terços de todos os investimentos da inciativa privada em pesquisa e desenvolvimento”, ressalta Paulo Afonso. Nesse contexto, afirma, a inovação é um requisito primordial para se alcançar uma economia competitiva, próspera e sustentável. “Inovar é a mola mestra para estimular o desenvolvimento das atividades econômicas”, ressalta. Ainda segundo o vice-presidente da CNI, é necessário criar mecanismos de estímulo à inovação e à desoneração do processo produtivo. “Nesse cenário, a inovação precisa ser a obsessão das empresas brasileiras. Não podemos nos acomodar, nem esmorecer. A indústria confia que as instituições e a sociedade encontrarão as soluções para superar essas novas adversidades”, complementa Paulo Afonso.
Para Paulo Rabello, presidente do BNDES, o país precisa se reciclar. O banco que, segundo ele, é casado com a inovação desde sua origem ( há 65 anos), busca estar sintonizado com as novas demandas da economia. “A inovação tem que se pagar, tem que ser rentável e tem que se propagar. Principalmente para combater a chaga do desemprego no Brasil”, destaca.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Pequenos negócios se destacam no maior prêmio de inovação do país
27-06-2017São Paulo – A solenidade de anúncio dos grandes vencedores do Prêmio Nacional de Inovação realizada na noite dessa segunda-feira (26), em São Paulo, reservou um lugar de destaque para nove pequenas empresas. Elas foram reconhecidas como referências nacionais no desenvolvimento de inovação. O prêmio é a mais importante iniciativa no Brasil para identificar e apoiar ações inovadoras nas empresas do segmento da indústria, entre grandes, médias e micro e pequenas empresas. O evento marcou a abertura do 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, que acontece nesta terça (27) e quarta-feira (28), na capital paulista.
Assista aqui a um vídeo sobre o Prêmio Nacional de Inovação.
Na sua edição 2016/2017, o prêmio contou com a participação de 3.987 empresas inscritas, resultado 79% superior ao da última edição. A iniciativa conjunta do Sebrae e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) homenageia as empresas brasileiras que investiram na inovação. A premiação foi dividida em quatro modalidades: micro e pequenas empresas atendidas pelo Programa Agentes Locais de Inovação (ALI); micro e pequenas; médias; e grandes empresas. Além disso, foi organizada nas categorias: gestão da inovação, inovação de produto, inovação de processo, inovação organizacional e inovação em marketing. Ao todo, 19 micro, pequenas, médias e grandes empresas de todas as regiões do país tiveram seus trabalhos, sendo nove micro e pequenas empresas.
Os vencedores foram selecionados a partir das escolhas de uma banca de juízes composta por representantes da CNI e do Sebrae e dos parceiros institucionais do prêmio: Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Movimento Brasil Competitivo (MBC), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Para o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, o prêmio chega em uma boa hora. “Nesse momento em que o país enfrenta tantas notícias negativas, essa premiação representa um momento de renovação e comprova que o Brasil está muito vivo e com vontade de inovar. O Prêmio Nacional de Inovação significa um incentivo, uma abertura das portas da esperança de um país maior e melhor”.
O vice-presidente da CNI Paulo Afonso Ferreira destacou a importância da inovação para o desenvolvimento econômico do país. “Com o espírito inovador incorporado, daremos mais um passo decisivo para o aumento da competitividade e da produtividade da economia nacional”, discursou. Ele acrescentou que o Prêmio Nacional de Inovação é, também, inovador. “Trata-se da única premiação desse tipo que envia um Relatório de Avaliação desenvolvido especialmente para cada empresa inscrita, apresentando os pontos fortes e as oportunidades de melhoria”.
Conheça as pequenas empresas vencedoras do Prêmio 2016/2017
1. Fornari Indústria (SC) – Premiada na categoria INOVAÇÃO DE PRODUTO e na categoria GESTÃO DA INOVAÇÃO
A empresa Fornari Indústria atua centrada no desenvolvimento de produtos para agronegócio e saneamento, visando à segurança alimentar. Entre suas principais inovações destacam-se a máquina de lavar bandejas de ovos e bandejas de mudas – hortifrúti, máquina de lavar caixas para frutas, Dosarkit, máquina para lavar e desinfetar ovos comerciais, mesa de secagem e contagem, além de clorador para altas vazões. No aspecto da Gestão da Inovação, a principal característica de sua gestão da inovação é a elevada interface com empresas de base tecnológica para desenvolvimento de P&DI, o que lhe confere diversos aspectos positivos na capacidade de inovar.
2. Habitar Construções Inteligentes (SP) – Premiada na categoria INOVAÇÃO EM PROCESSO
A Habitar é uma construtora estabelecida no Vale do Paraíba, tendo como principal atividade a construção de casas e prédios populares. Ao longo dos últimos anos a empresa desenvolveu um sistema construtivo inovador de casas e edificações, baseada em sistemas construtivos da Europa e tropicalizada para o Brasil.
3. Pharmakos D’Amazônia (AM) – Premiada na categoria INOVAÇÃO EM MARKETING
A Pharmakos da Amazônia apresenta um portfólio de aproximadamente 50 produtos entre cosméticos (gel, sabonete íntimo, xampu, condicionador, óleos e creme corporais, aromatizadores bucais) e alimentos (pós, líquidos, encapsulados e mel). A inovação em marketing integrou um conjunto de esforços para introduzir os seus produtos no mercado norte-americano. Atualmente a empresa conta com cinco distribuidores americanos, tendo realizado a primeira exportação piloto em 2017.
4. Engpiso Ltda (BA) – Premiada na categoria INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL
A Engpiso é uma empresa baiana especializada em pisos e revestimentos especiais que investe no desenvolvimento de novas tecnologias, visando à melhor relação entre custo e benefício e crescente empenho no desenvolvimento sustentável. Apresentou inovações organizacionais decorrentes do movimento de projetar e incubar uma nova unidade organizacional voltada a inovações (Núcleo de P&D) no parque Tecnológico de Salvador.
5. Montrel Tecnologia (SP) – Premiada na categoria MPE-ALI INOVAÇÃO DE PRODUTO
A Montrel Tecnologia oferece linha de sinalizadores audiovisuais e equipamentos que auxiliam as concessionárias de energia elétrica no combate às perdas, como a linha de verificadores de medidores. Entre as inovações de produto destaca-se o ADR Multi4000, lançado em 2015, que evita perdas desnecessárias e detecta com exatidão, sem necessidade de deslocamento ou remoção, se o medidor de consumo de energia elétrica está com defeito ou foi adulterado.
6. Play Park (SP) – Premiada na categoria MPE-ALI: Subcategoria INOVAÇÃO EM PROCESSO
A Play Park é uma fábrica de brinquedos infláveis com grande portfólio de produtos, atendendo várias segmentações de mercado com fornecimento de brinquedos diretamente da fábrica. A empresa se preocupa com o constante desenvolvimento de novos produtos, com design inovador, interativo e funcional, tendo sempre como base a segurança de seus usuários. Para atender à demanda dos clientes, a empresa desenvolveu inovações significativas em seus processos, como: o Processo de Corte Digital, o processo de desenvolvimento em 3D e a utilização de Drones no processo de inspeção.
7. Biotechnos (RS) – Premiada na categoria MPE-ALI INOVAÇÃO EM MARKETING
A Biotechnos é uma empresa que pesquisa, desenvolve e comercializa novos produtos industriais nas áreas da bioenergia e biodiversidade. Em seu portfólio estão máquinas e equipamentos, produtos, serviços e projetos voltados à sustentabilidade ambiental. Sua inovação em marketing está baseada na estratégia de conduzir sua oferta de solução (produto) por meio do estabelecimento de Arranjos Produtivos Locais. Inicialmente, essa estratégia foi adotada para o lançamento de sua Usina de Biodiesel e, mais recentemente, foi também utilizada para constituir um APL de beneficiamento do babaçu, no qual novo equipamento da empresa vem sendo testado e implantado.
8. Q2 Produtos Médicos Odontológicos (SP) – Premiada na categoria MPE-ALI – INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL
A Q2 Produtos Médicos Odontológicos desenvolve, fabrica e comercializa produtos e equipamentos para cirurgias, endodontia, dentística, diagnóstico, lubrificação e limpeza, além de kits acadêmicos e para consultório portátil. As inovações organizacionais destacam-se pelas parcerias realizadas para elevar a capacidade de atuação no mercado, demonstrando elevada capacidade em relacionamento com outras organizações, expandindo a marca para todo o país.
9. Simbios Biotecnologia (RS) – Premiada na categoria MPE-ALI – GESTÃO DA INOVAÇÃO
A Simbios é uma empresa especializada em diagnóstico molecular, pioneira na realização de análises laboratoriais de DNA e RNA de agentes infecciosos utilizando técnicas de biologia molecular: PCR, RT – PCR, Real Time PCR, RFLP e sequenciamento. A empresa foi pioneira em seu segmento, possuindo definições estratégicas alinhadas à preocupação com a antecipação tecnológica e adota práticas de gestão de projetos alinhadas ao PMBok, empregando técnicas e ferramentas de análise de cronograma, custos, qualidade e riscos. Possui ainda refinada estrutura de indicadores, embarcada em solução tecnológica e conta com histórico de captação de recursos em editais e políticas financeiras alinhadas aos projetos de produtos estratégicos.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
Sebrae e BNDES se unem para ampliar crédito dos pequenos negócios
27-06-2017São Paulo – O Sebrae e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciaram nesta segunda-feira (26) um plano de trabalho contendo 11 propostas com o objetivo principal de direcionar os recursos financeiros do BNDES para atender à necessidade de crédito dos pequenos negócios. O documento foi apresentado em São Paulo em reunião entre os presidentes do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, e do banco, Paulo Rabello de Castro. “O grande problema nosso é fazer com que os recursos disponíveis cheguem na ponta”, disse Afif.
Veja aqui um vídeo com os presidentes do Sebrae e do BNDES comentando sobre a parceria entre as duas instituições.
A ideia é facilitar o acesso dos empreendedores a linhas de crédito do banco usando a capilaridade do Sebrae, que abrange todo o país. O presidente do BNDES disse que já aprovou o plano de trabalho, que será implementado em curto prazo. “Hoje é o primeiro dia da revolução do acesso ao crédito para os desenvolvedores de negócios no Brasil. Vamos desenvolver uma plataforma com os nossos recursos e a orientação que o Sebrae oferece para as empresas”, disse Paulo Rabello.
A intenção é unir os esforços das duas instituições. De acordo com Afif, o banco tem os recursos, o Sebrae tem uma rede que qualifica a pequena empresa e um fundo de aval, o Fampe, que pode ser usado como garantia por esse empreendimento. As propostas do Sebrae incluem orientação para acesso ao crédito, melhoria das condições de financiamento às empresas com faturamento bruto anual de até R$ 3,6 milhões e aumento do incentivo ao uso do cartão BNDES. Outra meta é reduzir a intermediação financeira entre o banco e os pequenos negócios, por meio de uma fintech (as chamadas startups financeiras) específica para esse fim.
Esses serviços financeiros – que oferecem facilidades proporcionadas pela tecnologia – ganham cada vez mais espaço no mercado. De acordo com Afif, a ideia é o Sebrae construir um hub que agregue as fintechs que ofereçam crédito mais acessíveis para os pequenos negócios. O papel do Sebrae será o de acelerador dessas startups. “Nós seremos o modelo de sustentação das fintechs”, disse. A ideia foi bem recebida pelo BNDES, que tem projetos de trabalhar com as fintechs. “O que ocorre é que o sistema financeiro é grande demais para atender os pequenos”, disse Afif. Ele ressaltou que o crédito administrado pelos bancos adota critérios que não são acessíveis para as micro e pequenas empresas. “Queremos que as fintechs sejam um grande instrumento de democratização do acesso ao crédito no Brasil”, disse.
Canal MPE
O encontro ocorreu antes do lançamento do Canal MPE, ferramenta on-line do banco de desenvolvimento. A ferramenta está disponível no endereço www.bndes.gov.br/canal-mpme e permitirá que o BNDES passe, pela primeira vez, a se comunicar diretamente com o empreendedor interessado em suas linhas de financiamento. Até então, essa interação se dava apenas de forma indireta, por meio de agentes financeiros repassadores. “Queremos enfrentar a questão da disseminação das informações do BNDES”, disse Paulo Rabello.
Por sua vez, o presidente do Sebrae ressaltou a necessidade de facilitar o acesso de crédito para os pequenos negócios. ”Pesquisas mostram que 83% desses negócios não têm acesso ao crédito. Será por meio da tecnologia que podemos atingir esse universo”, afirmou.
O canal pode ser acessado também por meio de dispositivos móveis (celulares e tablets). A partir de terça-feira (27), também pode ser acessado pelo site do Sebrae.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias
MEI poderá parcelar débitos a partir do dia 3 de julho
20-06-2017Os Microempreendedores Individuais (MEI) que possuem boletos mensais em aberto, até maio deste ano, poderão parcelar os débitos em até 120 meses a partir do próximo dia 3 de julho.
Essa é a primeira vez que esse segmento empresarial poderá pagar os impostos devidos em parcelas. Cada prestação deve ter valor mínimo de R$ 50. O prazo para aderir ao programa de renegociação das dívidas é de 90 dias.
De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, 60% dos microempreendedores individuais possuem boletos atrasados. “É sempre preocupante a inadimplência, principalmente diante de um programa de redução da informalidade com valores reduzidos. O maior prejudicado com a falta de pagamento da contribuição mensal é o próprio MEI, por isso nos empenhamos para conseguir junto à Receita Federal esse parcelamento”.
Afif destaca que quem parcelar seus débitos poderá reaver os direitos previdenciários como aposentadoria, auxílio-doença ou licença-maternidade, além de participar de licitações com os governos Federal, estaduais e municipais.
A solicitação de adesão será feita por meio do site da Receita Federal. Para solicitar o parcelamento, o MEI deve apresentar a Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual (DASN-Simei) relativa aos respectivos períodos de apuração. O valor de cada parcela mensal será acrescido de juros da taxa Selic mais 1%, relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.
Desde que foi criado, em julho de 2009, mais de sete milhões de pessoas se formalizaram como MEI. O número de empreendimentos desse porte já superou o número de micro e pequenas empresas, que corresponde a cinco milhões em todo o Brasil. Trabalhadores autônomos, como cabeleireiros, pedreiros, entre outros, que estavam na irregularidade agora possuem um CNPJ e direito a benefícios previdenciários como aposentadoria e licença-maternidade.
Fonte: Site PEGN