Diário de Bordo RSS

Projeto-piloto levará microcrédito às favelas brasileiras

17-01-2018

As comunidades de Heliópolis e Paraisópolis receberão, em 30 dias, o projeto piloto que vai oferecer microcrédito às favelas brasileiras. Foi assinado nesta quarta-feira (17), em Brasília, o Acordo de Cooperação entre o Sebrae e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que amplia acesso a crédito aos microempreendedores individuais (MEI). “O entendimento do BNDES em relação aos pequenos negócios era outro, agora estamos falando a mesma língua. Os recursos estavam concentrados e o Sebrae e o Banco estão aqui para enfrentar os desafios”, enfatizou o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. “Com este Acordo, o Sebrae volta às suas origens”. As fintechs serão o instrumento utilizado para facilitar e orientar o acesso ao crédito.

O BNDES vem desenvolvendo ações para simplificar, agilizar e ampliar o acesso ao crédito das micro e pequenas empresas. O Canal do Desenvolvedor MPME (www.bndes.gov.br/canal-mpme) começou a operar em junho do ano passado e por meio dele já foram realizadas mais de 25 mil solicitações de financiamento. A maior parte do público que acessa a ferramenta (95%) é formada por micro e pequenas empresários, majoritariamente do setor de comércio e serviços. Até agora, mais de 250 operações foram originadas no Canal e representaram R$ 100 milhões em novos negócios com MPEs.

“Essa ferramenta dá mais poder ao empreendedor na negociação de melhores condições de financiamento para desenvolver o seu negócio. Além disso, responde à necessidade de modernização do modelo de negócios do BNDES no atendimento às MPEs, com maior rapidez, simplicidade, proximidade e transparência”, afirma o diretor do BNDES, Ricardo Luiz de Souza Ramos.

Até 280 mil pequenos negócios serão beneficiados pelo acordo de cooperação técnica, que será executado pelos próximos dois anos, com foco em quatro eixos principais. O eixo sobre concessão de crédito orientado e garantias é o que abarca o maior número de ações: orientação e capacitação para acesso a financiamentos; concessão de crédito para as MPE; oficinas, cursos e seminários; e sistemas garantidores de crédito. O segundo eixo, canais de distribuição de crédito e financiamento, traz como desafio a utilização das fintechs para melhorar o acesso a crédito para esses empresários. A capitalização das micro e pequenas empresas e o relacionamento institucional constituem os dois últimos eixos. Com isso, espera-se que os financiamentos com MPEs cheguem a R$ 6 bilhões nos próximos dois anos.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

BNDES ofertará R$ 6 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas

17-01-2018

Para ampliar o acesso de micro e pequenas empresas ao crédito, o Sebrae e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) assinaram nesta 4ª feira (17.jan.2018) um acordo para concessão de empréstimos. Serão ofertados R$ 6 bilhões a negócios de menor faturamento.

Segundo as instituições, o acordo beneficiará 150 mil microempreendedores individuais (MEIs), 90 mil microempresas e 40 mil empresas de pequeno porte. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, explicou que as diretrizes para a liberação do dinheiro serão apresentadas em um projeto-piloto, que será apresentado em 30 dias.

Com a vigência da TLP, o BNDES passou a adotar os critérios de classificação de pequenos negócios instituídos pela Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Ou seja, limite de faturamento de R$ 81 mil por ano para MEIs, de R$ 360 mil para micro empresas e de R$ 4,8 bilhões para pequenas. Com isso, espera-se que haja um aumento do volume de crédito ofertado pelo banco.

O acordo entre as instituições será executado em 4 eixos:

  1. concessão de crédito orientado e garantias;
  2. canais de distribuição de crédito e financiamento;
  3. capitalização de micro e pequenas empresas; e
  4. relacionamento institucional.

Afif fez críticas ao sistema financeiro, que, segundo ele, dificulta a concessão de crédito a pequenos empreendedores. Para Afif, é preciso agilizar o acesso e oferecer melhores taxas a esses setores. “Sabemos que o empreendedorismo é a base do sistema produtivo. Todas as grandes empresas no ano passado demitiram funcionários. Quem está compensando isso, até em inovação, é exatamente o empreendedorismo“, disse.

Defendeu também que sejam realizadas parcerias com fintechs para aprimorar o processo. “Temos que começar a utilizar as ferramentas tecnológicas como alternativas. Fintechs que saibam trabalhar com microcrédito para MEIs, por exemplo.” Segundo dados do Banco Central apresentados no evento, de 2014 a 2017, houve redução de 33% na oferta de crédito para micro empresas e de 29% para as pequenas.

A intenção do BNDES, de acordo com o diretor Ricardo Ramos, é eliminar a burocracia de se conseguir crédito barato. Para isso, o banco foca em 3 pontos: digitalização, agilização e simplificação. “Acreditamos que esses 3 pilares dão aos agentes na ponta mais liberdade para que seja fácil e clara a operação.

Também estavam presentes os ministros substitutos Marcos Jorge de Lima (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e Helton Yomura (Trabalho).

Fonte: Poder 360

Juros e burocracia prejudicam acesso de pequenos negócios ao crédito

01-09-2017

São Paulo – Os principais entraves dos pequenos negócios para obtenção de crédito são a difícil acessibilidade aos serviços financeiros, taxa de juros alta (48%), falta de garantias reais (20%) e falta de avalista/fiador (16%). Segundo o estudo do Sebrae, apresentado nesta sexta-feira (1°), em seminário promovido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), 84% dos pequenos negócios não tomaram empréstimos nos últimos seis meses e quase a metade deles (49%) jamais conseguiu financiamento como pessoas jurídica. O levantamento mostrou ainda que, embora o BNDES seja o principal instrumento de concessão de crédito para as micro e pequenas, 80% deles jamais acessaram uma linha de financiamento do banco estatal de fomento.

De acordo com o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, a solução para esses entraves passa pelo crescimento das fintechs (startups que atuam no setor financeiro) e pela criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), que devem aumentar a concorrência na concessão de empréstimos e facilitar crédito para os pequenos negócios no mercado brasileiro. Afif ressaltou que é necessário criar alternativas para enfrentar a grande concentração no sistema financeiro nacional, que acaba por estimular os spreads bancários. “Os bancos são grandes demais para atender os pequenos”, destacou o presidente do Sebrae, que presidiu o seminário “Crédito para icro e pequenas empresas”, promovido pela ACSP e pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), na capital paulista.

Afif destacou que a expansão das fintechs vai contribuir para reduzir um dos maiores problemas enfrentados pelos donos de pequenos negócios no relacionamento com o sistema bancário, que é o excesso de burocracia. “As fintechs estão para os bancos como o Airbnb para os hotéis e o Uber para os táxis”, disse, acrescentando que a regulamentação da ESC, inicialmente vetada pelo Banco Central após a aprovação da Lei do “Crescer Sem Medo”, mas que deve entrar em vigor em 2018, após negociações. A proposta tem como objetivo possibilitar que os cidadãos tenham permissão para emprestar recursos dentro da sua própria comunidade, estimulando o desenvolvimento local. “A ESC resgata o papel que foi desempenhado no passado pelas casas bancárias”, declarou.

O seminário em São Paulo teve como objetivo levar para os micro e pequenos empreendedores informações sobre crédito e estimular o debate sobre o tema, fundamental para o desenvolvimento de negócios no Brasil. O evento contou ainda com a participação do presidente da  ACSP e da Facesp, Alencar Burti; de João Manoel Pinho de Mello, secretário de Reformas Microeconômicas do Ministério da Fazenda; Iágaro Jung Martins, auditor fiscal e subsecretário de fiscalização da Receita Federal; Guilherme Castanho Franco Montoro, chefe do Departamento Regional Sul do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Fernando Kalleder, diretor-presidente da Central de Registro de Direitos Creditórios (CRDC);  Marcel Solimeo, economista da ACSP;  Milton Luiz de Melo Santos, diretor-presidente da Desenvolve SP.

Alencar Burti, que abriu o seminário, enfatizou a importância de discussão do crédito para os pequenos negócios, que hoje são 98,5% de todas as empresas do país e as maiores geradoras de empregos. “É fundamental que as entidades se unam em defesa dos setores que têm menos poder político. E o Sebrae tem liderado a luta pelo acesso ao crédito para as pequenas e  micro empresas”, disse.

SEBRAE 45 ANOS

O Sebrae comemora este ano quatro décadas e meia de atuação em defesa dos pequenos negócios. As micro e pequenas empresas representam 98,5% do total de empreendedores no Brasil, respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e geram mais da metade dos empregos no país. Formalização, inovação, redução da burocracia, ampliação do acesso ao crédito e melhoria do ambiente legal fazem parte do compromisso do Sebrae com os pequenos negócios. Conheça no portal Sebrae os números e a história do empreendedorismo no Brasil: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Para Afif, startups são solução contra a concentração do mercado financeiro

15-08-2017

O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, participou hoje (15/8), na capital paulista, da Fintouch, conferência de fintechs, que são startups do setor financeiro.

Ele alertou para o risco da regulamentação dessas empresas; para Afif, isso comprometeria o seu desenvolvimento. “É o primeiro passo para impedir o crescimento das fintechs no País. As fintechs são uma ameaça ao mercado financeiro brasileiro, que é o mais concentrado do mundo; 84% do setor estão nas mãos de cinco instituições”, frisou ele.

O presidente do Sebrae disse que as fintechs são a solução para as MPEs por oferecerem crédito a custos menores do que os bancos. E que o Brasil enfrenta o momento máximo de queda dos empréstimos após a crise financeira e política nos últimos anos. “Quem financia os pequenos são os fornecedores. Eles não chegam aos bancos e, quando conseguem, é via pessoa física a taxas elevadas”, declarou Afif.

Ele criticou o patamar de spread (diferença de quanto o banco paga para captar e o quanto cobra para emprestar). “O problema não é o custo do crédito, mas o spread cobrado que, além de absurdo, demonstra o nível de concentração no País. Enquanto os Estados Unidos têm cerca de seis mil instituições de crédito, o Brasil conta apenas com cinco. As outras não contam. Para o Banco Central, é muito mais fácil regular cinco do que mil”, declarou Afif.

Em evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) dia 14/8, o presidente do Sebrae aproveitou para cobrar de Paulo Rabello de Castro, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), liberação e facilitação de crédito para as MPEs. “O crédito não chega na ponta. É o que cobramos há tempo do BNDES pois 83% do universo de pequenas empresas não têm acesso ao sistema bancário e têm que se virar. Não podemos esquecer que elas representam 98% do universo de empresas no Brasil”, disse ele, na ocasião.