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O papel do empreendedor na política

25-06-2018

Nesta quarta-feira (20), o 5º Fórum Nacional CACB Mil promoveu o Painel de debate sobre o papel do empresário na política. Levando em consideração os últimos acontecimentos vividos no País, a discussão se mostrou de grande importância, mostrando que a figura do empreendedor também pode fazer diferença no cenário político do Brasil.

O encontro contou com a presença do presidente da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), Zenon Leite Neto,  do Secretário de Estado de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal, Antônio Valdir Oliveira Filho e do presidente benemérito da CACB, Guilherme Afif Domingos. O painel teve como mediador o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Marco Tadeu Barbosa.

O debate foi dividido em duas partes. Cada participante discursou por 15 minutos e a última parte foi destinada para a retirada de dúvidas. Foram discutidos diversos temas relacionados ao ativismo político através da figura do empreendedor.

A necessidade da atuação do empreendedor no cenário político foi colocada como a única maneira de haver uma mudança na vida dos empreendedores do País. Questões como represália fiscal também foram colocadas em pauta, tendo se mostrado um dos principais motivos para o pequeno envolvimento do empresário no poder público.

O atual cenário que o País vive, também entrou no debate. Foram ressaltadas questões como a crise financeira e política, além de questões como as eleições deste corrente ano, que foram tratadas como um ponto inicial de mudança para alguns problemas encontrados pelo empreendedor brasileiro.

“Se nós não aproximarmos os empresários do poder público, o poder público nunca resolverá os problemas dos empresários, porque esse poder não sente as dores do empreendedor”, realçou Antônio Valdir.

A integração da classe empreendedora também foi ressaltada como uma oportunidade de mudança. O fato de entidades e associações se unirem nessa causa torna a voz do empreendedor ainda mais forte, além de evitar represálias para a figura de uma empresa ou empresário específico.

A falta de um voto distrital e uma baixa representação do empresário no cenário político foi colocada por Guilherme Afif Domingos como um empecilho para uma possível mudança. O presidente propôs o ativismo político dos empresários em relação à representatividade dos mesmos no poder público.

5º Fórum Nacional CACB Mil

Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) realiza o 5º Fórum Nacional CACB Mil. O evento ocorre entre os dias 19 e 21 de junho, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, localizado em Brasília. O evento é de grande importância para o cenário do empreendedorismo no País. Temas como associativismo, liderança empresarial, economia do Brasil, inovação e comércio internacional regem o encontro nacional.

Fonte: CACB

Para Guilherme Afif, reforma tributária precisa seguir modelo do Simples

27-11-2017

Atibaia, 24 de novembro de 2017. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, participou hoje, em Atibaia, do 18º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Em palestra para uma plateia de empreendedores e representantes de entidades empresariais, ele falou sobre as conquistas do Simples e a burocratização do Estado brasileiro.

O ex-deputado constituinte contou sua trajetória em favor das micro e pequenas empresas (MPEs), iniciada em 1979 durante o 1º Congresso Brasileiro da Micro e Pequena Empresa, passando pelo artigo 179 da Constituição de 1988 até chegar ao Simples e ao projeto Crescer Sem Medo, que foi criado em 2016 e ajudará o empreendedor na transição entre regimes tributários.

“Quando dizem que o Simples não é importante, o índice de formalização no Brasil subiu de 42,7% a 56,6% nos últimos dez anos”, frisou Afif. Ele argumentou que o Simples, por cobrar todos os impostos em uma única guia, resultou em considerável aumento na arrecadação de tributos municipais, estaduais, oferecendo.

“Isso significa que o modelo atual de arrecadação de impostos no País é ineficiente, ultrapassado, antigo e até medieval. A reforma tributária tem que pegar o exemplo do Simples, porque pega o recolhimento todo em uma única base”, defendeu. Afif também afirmou que as empresas optantes pelo Simples possuem 2,5 vezes mais chances de sobreviver após dois anos do que as não optantes. Desde que foi criado, o programa já passou por 81 inovações, como a universalização para mais de 142 atividades, desvinculação do licenciamento da regularidade do móvel e unificação das inscrições fiscais.

Rampa suave

“Em vez de termos saltos, vamos ter uma rampa mais suave para o crescimento”, definiu Afif sobre o Crescer Sem Medo, que passa a valer a partir de janeiro do ano que vem. Antigamente, os pequenos empresários tinham 6 tabelas de tributação e 20 faixas de receita bruta. Agora, serão 5 tabelas e 6 faixas. “A tributação agora será progressiva. Quando você muda de faixa, você só paga a diferença”.

Outra novidade a partir de janeiro de 2018 é o teto do Simples, que passa de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões. Já o limite do Microempreendedor Individual (MEI) passará de R$ 60 mil para R$ 81 mil.

Agenda

Para o futuro, Afif disse que trabalha em uma agenda em Brasília para fortalecer ainda mais as MPEs. Uma das iniciativas é a criação da Empresa Simples de Crédito (ESC), que criará concorrência direta com o sistema financeiro, facilitando o empréstimo de dinheiro entre pessoas e empresas. “Dizem que isso é agiotagem, mas agiotagem é o cartão de crédito, é o cheque especial. Agiotagem legalizada”, criticou. A redação da criação da ESC está quase pronta e deve ser votada na próxima semana, de acordo com Afif.

Cadastro positivo

O presidente do Sebrae também está trabalhando na criação do Cadastro Positivo do Contribuinte, que será uma espécie de certidão atestando que a empresa é pagadora regular de tributos e, assim, conseguirá taxas favoráveis par empréstimo. O esforço está sendo capitaneado pelo próprio Afif junto ao Congresso Nacional e deverá ser, segundo declaração do senador Romero Jucá (PMDB), ainda este ano. “Este projeto está na pauta da próxima terça-feira e seria muito importante que nossa rede de associações comerciais inundasse o Congresso para mostrar como isso é importante”, convocou. 

Estado brasileiro

Afif apresentou resultados de pesquisa da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, segundo a qual o Estado é, na visão da periferia, o grande vilão, por ser “ineficaz e incompetente”. Segundo a pesquisa, no imaginário da população, não há mais luta de classes ― e, sim, luta contra o Estado. “Não é surpreendente isso? Quando a gente dizia isso, éramos reacionários. Mas a verdade é que a população só quer que as coisas funcionem”.

O 18º Congresso Facesp tem apoio do Sebrae-SP e do Instituto Talentos e patrocínio de: Boa Vista SCPC, Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Bradesco, Certisign, Sicoob Paulista, Vivo Empresas e Correios.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Facesp

Na abertura do Congresso da FACESP ontem, Guilherme Afif defende reforma política com Constituinte Exclusiva

22-11-2016

Teve início na noite desta segunda-feira (21) a 17ª edição do Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). O evento – que está sendo realizado na cidade de Águas de Lindóia e termina hoje – reúne centenas de lideranças empresariais para discutir o atual momento do País e do varejo.

O presidente da Facesp, Alencar Burti, ressaltou o papel do setor na construção de uma sociedade mais justa. “Nós, empreendedores, temos a obrigação de achar soluções e parar de falar em crise. Temos que nos unir em direção ao caminho da salvação nacional. Contamos com a colaboração de todos para darmos o máximo que podemos em favor do Brasil”.

A palestra de abertura do congresso – acompanhada por cerca de mil pessoas – coube ao presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Ele frisou a urgência de se fazer a reforma política antes de qualquer outra. “Estamos com um profundo desgaste da estrutura política. E vai piorar muito, porque a Lava Jato não para. A única reforma que pode ser entregue já é a do sistema político. É a mãe das reformas. E não pode ser feita pelo Congresso, mas sim por uma constituinte exclusiva”.

Congresso da Facesp 2016

Para o presidente do Sebrae, está clara a “ruptura entre nação e estado” e os atuais políticos já não gozam de legitimidade popular. Por isso, mais do que a reforma previdenciária – que tem sido objeto constante das articulações em Brasília – Afif defendeu que o Brasil precisa urgentemente da reforma político-partidária. Também se revelou favorável ao voto distrital, “porque o Brasil de cima para baixo não está dando certo. É preciso que a população se mobilize para fazer o Brasil dar certo de baixo para cima”, afirmou.

MISSÃO

Ao longo da apresentação, ele defendeu o pequeno empresário e prometeu continuar lutando contra a burocracia brasileira. Relembrando sua passagem pela extinta Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, disse que seu compromisso – ao contrário do que muitos diziam – não era com nenhum “jogo político”: “Fui cumprir uma missão. Missão esta que completa 40 anos, desde quando entrei na Associação Comercial de São Paulo, em 1976, para brigar pelo pequeno empresário”.

BOICOTE

Para o presidente do Sebrae, é imprescindível que o País invista em leis em favor do micro e pequeno empresariado, que deve ser protegido da “avalanche de burocracia imposta pelo Estado”. Contudo, disse ele, as áreas fiscais dos governos têm batido de frente com muitas dessas iniciativas. “As áreas fiscais não gostam do Simples, das facilidades do Simples. Se puderem boicotar, boicotam”, comentou o ex-deputado constituinte, em referência às oposições feitas pela Receita Federal durante a tramitação do projeto que inovou o sistema tributário.

CONFIRA AQUI A GALERIA DE IMAGENS DO 17º CONGRESSO FACESP

Afif revelou que sua briga agora é com o Banco Central, que vetou a criação das Empresas Simples de Crédito. O objetivo desse modelo é permitir que pessoas físicas emprestem dinheiro, fomentando a economia local. “Alguns me perguntam se, com isso, quero regularizar a agiotagem. Não. Queremos é concorrer com a agiotagem, que é o cheque especial, o cartão de crédito”, afirmou, sob aplausos da plateia.

“Hoje, o Estado atrapalha o desenvolvimento da nação. É um estorvo. Uma maçaroca que não rende. Estamos vivendo uma época de profunda transformação e precisamos decidir se seremos expectadores ou atores”, ressaltou, em relação às interferências estatais na iniciativa privada.

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LIDERANÇA CONSCIENTE

Com o mote “Liderança Consciente”, a edição de 2016 do congresso propõe uma reflexão sobre a formação de líderes empresariais nos dias de hoje. Esse tema, aliás, foi destacado durante a abertura pelo presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Teixeira Pinheiro. “Um dirigente, para a CACB, é um exemplo de atitudes e comportamentos conscientes. Trata-se de um tema atual e importante diante desse Brasil em transformação e que tanto está precisando de lideranças”, frisou ele, defendendo ainda que o setor público precisa reduzir seus gastos e acompanhar o ritmo de inovações da iniciativa privada.

Para Maurício Pedroso Valente, presidente da Associação Comercial de Águas de Lindóia, o setor do comércio varejista, que representa 19,4% das vagas formais de trabalho no Brasil, precisa mostrar força diante de adversidades. “Não podemos desanimar. Esse congresso vem não apenas para trazer soluções, mas força e motivação para que estejamos preparados para superar todos os desafios. É o pequeno empresário que move esse País. E esse empresariado se reúne justamente nas associações comerciais”, disse o anfitrião do congresso.

Também estiveram no encontro o vereador Joel Raimundo de Souza, presidente do legislativo municipal; o deputado estadual paulista Itamar Borges, líder da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e do Combate à Guerra Fiscal; e o deputado federal Walter Ihoshi.

A programação completa pode ser conferida no site do Congresso Facesp. O 17º Congresso Facesp é realizado com correalização do Sebrae/SP e patrocínio da Associação Comercial de São Paulo, da Boa Vista SCPC, da Tim, do Bradesco, da Certisign, dos Correios e do governo federal.

Fonte: Site da Associação Comercial de São Paulo

Afif pede a redução da burocracia para alavancar pequenos negócios

09-11-2015

16º Congresso FacespSão Paulo – O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, destacou nesta sexta-feira (6) que a simplificação das atividades das empresas e dos cidadãos brasileiros é fundamental para aumentar a competitividade do país. “O mais importante é que simplicidade está ligada à agilidade, fundamental  para um país competitivo”, disse. Afif Domingos proferiu, durante o 16º  Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo  (Facesp), a palestra Para um Brasil Mais Simples, em que abordou o programa Bem mais Simples e a Empresa Simples de Crédito.

Afif, que esteve à frente da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, reforçou o sucesso de programas de simplificação já implantados, como o Guia de Serviços Públicos do Governo Federal e o Portal do Empreendedor, além do projeto Empresa Bem mais Simples, em implantação, que vai reduzir o tempo de abertura de novos empreendimentos no país. A primeira cidade a adotar a iniciativa é Brasília e, posteriormente, deve ser implantado em outros estados.

O presidente do Sebrae lembrou que o excesso de burocracia torna a vida dos brasileiros mais complicada de que a de cidadãos de outros países. Ele citou, por exemplo, que o número de dias para a abertura de empresas é de quatro nos EUA e 2,5 em Portugal; já no Brasil é de 102,5 dias.

Afif ressaltou que o programa Bem Mais Simples tem um efeito multiplicador na economia brasileira, estimulando a formalização e a abertura de novas empresas. Ele ressaltou que os pequenos negócios que estão dentro do Simples Nacional têm um papel essencial. “As micro e pequenas geraram 109 mil postos de trabalho este ano, enquanto que as grandes e médias tiveram 774 mil vagas perdidas”, relatou. O dirigente do Sebrae também falou sobre a proposta que estabelece uma rampa de transição para as empresas que ultrapassarem o limite do Simples e que passam a ser tributadas integralmente com base no lucro presumido. A proposta já foi aprovada na Câmara e vai à votação no Senado. O presidente do Sebrae destacou que a arrecadação do Simples teve um aumento real de 7,23% neste ano.

Sobre a Empresa Simples de Crédito (ESC), Afif explicou que a ideia é implantar um sistema em que o cidadão possa emprestar diretamente seus recursos, assumindo o risco e recebendo a remuneração proporcional, segundo as regras do mercado. “Com isso, elimina-se o vai e vem do dinheiro que acaba criando forte intermediação financeira com a consequente cadeia alimentar que vive desses recursos”, ponderou. Afif comentou que, com a concentração existente no sistema financeiro, há pouca concorrência, o que pode explicar, em parte, as persistentes altas das taxas de juros no Brasil.

Segundo o recém-eleito presidente do Sebrae, na ESC a palavra de ordem é aplicar direto, sem intermediários, remunerando mais o investidor e desonerando o tomador. “Isso vai democratizar a nossa atividade econômica. Democracia política só se sustenta com democracia econômica”, enfatizou Afif Domingos, que também é presidente emérito da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, elogiou a proposta da ESC. “Será um avanço inimaginável para o crédito das micro e pequenas empresas”, ponderou.

Debate

O Congresso da Facesp, entidade que reúne mais de 400 associações comerciais paulistas, começou na quarta-feira (4) na cidade do Guarujá, no Litoral Paulista, e teve como tema Novas Ideias. Construindo Caminhos. Durante o evento, que teve o apoio do Sebrae, os participantes debateram soluções e caminhos para o setor.

Uma das principais atividades oferecidas foi o Programa Empreender, criado em 2013 por meio de um convênio entre o Sebrae Nacional, o Sebrae em São Paulo e a Facesp. O Empreender visa a promover o associativismo, aumentar a competitividade empresarial e realizar melhorias técnicas de gestão nas empresas participantes, além de criar núcleos setoriais que beneficiem micro e pequenos empreendedores em dezenas de municípios paulistas.

Fonte: Agência Sebrae