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Presidenciáveis, e os pequenos negócios?

20-08-2018

Agora que todas as candidaturas à Presidência foram registradas na Justiça Eleitoral, e começamos a conhecer os programas de governo, podemos analisar melhor o que cada um tem a dizer sobre os grandes problemas nacionais.

Já surgiram sugestões sobre várias áreas, a maioria, no campo macroeconômico. Poucas propostas sobre o que eu chamo de economia real, o mundo em que vivem e sobrevivem os pequenos negócios.

Muitos tocam muito superficialmente na questão do empreendedorismo e nenhum elenca como prioridade as microempresas. Apenas um programa menciona estímulos específicos para o setor, como microcrédito, tratamento diferenciado, o Simples, a desburocratização e o cooperativismo.

Na verdade, gostaria que esta discussão viesse precedida pela definição de que país queremos. Mais Estado? Aonde ele deve estar presente? Em que proporção? Qual o papel de cada entidade da federação? E a livre iniciativa, como vai se encaixar neste novo Brasil?

Costumo desenvolver, nas minhas andanças, um raciocínio simples para responder perguntas tão complexas. O que o município puder fazer melhor que nem estado e a União o façam. O que o estado fizer melhor, que nem a União nem o município o façam. O que a União fizer melhor, que nenhuma das duas outras esferas se metam. E o que municípios, estados e o Governo Federal não fizerem bem, que não atrapalhem quem está fazendo. Em outras palavras, deixem o empreendedor e a livre iniciativa trabalharem.

Se alguém ainda duvida, vou apresentar aqui alguns argumentos e números para mostrar como o empreendedorismo está sendo a grande saída para a crise econômica e de muitos problemas brasileiros. Aproximadamente 98% dos estabelecimentos empresariais existentes no país são pequenos. O Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países que possuem a maior quantidade de empreendedores no mundo.

Nos últimos anos, apesar do fraco desempenho do PIB, a criação anual de novos registros de Microempreendedores Individuais manteve-se robusta, próximo à casa de 1 milhão de novos MEI por ano.

Mantido o ritmo de crescimento dessas empresas, é possível esperar que, até dezembro deste ano, o número de MEI chegue a 8,7 milhões e o total de Pequenos Negócios atinja a marca dos 13,6 milhões de empreendimentos. Na verdade, o número de pessoas envolvidas é muito maior se somarmos os funcionários e sócios dos pequenos negócios e a informalidade. O total chega a 45 milhões.

Nos primeiros seis meses deste ano, dados de levantamento do Sebrae, com base em números do Ministério do Trabalho, mostram que as empresas de micro e pequeno porte acumulam saldo positivo de 352 mil vagas, número 13 vezes maior do que o saldo verificado entre as médias e grandes corporações no mesmo período, que registraram saldo negativo de 12,8 mil empregos.

Em todo o Brasil, estima-se que existam cerca de 6 mil startups, que se caracterizam pela inovação do serviço produzido, geralmente de base tecnológica. O número é mais do que o dobro registrado há seis anos, quando o país ainda começava a discutir o modelo e a perceber o nascimento do novo mercado.

Neste ano, o país ganhou seus primeiros “unicórnios”, termo dado às startups que passam a valer mais de US$ 1 bilhão. O feito foi alcançado inicialmente por um aplicativo de transporte e uma fintech que virou banco, avaliado em mais de U$ 2 bilhões.

É por isso, senhores presidenciáveis, que vamos continuar cobrando que os pequenos negócios sejam inseridos cada vez mais no debate nacional. Basta lembrar da grandeza da soma dos pequenos.

Fonte: Poder 360

Sem Afif na disputa, oportunidade perdida

13-08-2018

Como era previsível, dadas as condições como funcionam as estruturas partidárias, o PSD não aprovou o lançamento da candidatura de Guilherme Afif Domingos à presidência da República, privando os empresários e a população da possibilidade de conhecer com mais detalhes uma visão diferente dos problemas nacionais e alternativas mais condizentes para colocar o país de volta no caminho do desenvolvimento.

O resultado da Convenção apenas confirmou que as regras atuais do sistema eleitoral foram feitas para preservar a posição daqueles que estão no poder, dificultando a esperada renovação.

A simples apresentação das propostas de Afif, independentemente do resultado da eleição, contribuiria para elevar o nível dos debates colocando em foco os reais problemas brasileiros a partir do ponto de vista do cidadão comum e da comunidade.em que vive.

Essa visão se contrapõe à análise do pais que parte do Estado como a solução dos problemas, embora ele seja causa de grande parte deles, por seu gigantismo e corporativismo.

Isto não quer dizer que Afif não concorde com a necessidade de um profundo ajuste macroeconômico e da realização de reformas fundamentais como a da previdência e a tributária, mas considera que elas devem visar principalmente a redução do papel e do tamanho do Estado e o fim dos privilégios.

Nesse sentido, considerando que o cidadão vive no município, que é que tem que atender às suas necessidades, defende a reforma fiscal, com a descentralização de atribuições e receitas, seguindo o princípio da subsidiariedade, em que a União não faça o que pode ser feito pelos estados, que estes não façam o que pode ser executado pelos municípios, os quais, por sua vez, não devem se ocupar daquilo que os cidadãos ?ou suas organizações ?possam realizar.

As posições de Afif em defesa do empreendedorismo, das micro e pequenas empresas e da redução da burocracia não são propostas de campanha mas resultado de sua atuação de mais de 40 anos nos diversos postos que ocupou nos setores público e privado, contribuindo para a criação de um ambiente mais favorável à atividade empreendedora, como fator de desenvolvimento econômico e social.

Desde seu ingresso na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), ele se dedicou à defesa da liberdade de empreender como caminho para o desenvolvimento tendo sido o coordenador, em 1979, do I Congresso Brasileiro da Pequena e Média Empresa, realizado pela associação com a participação de inúmeras entidades, bem como dos três subsequentes, dos quais resultou a aprovação pelo Congresso Nacional do Estatuto da Pequena e Média Empresa, que se constitui no embrião do Simples.

Como deputado constituinte apresentou a proposta do “tratamento diferenciado” para as micro e pequenas empresas e na Secretaria do Trabalho iniciou importante trabalho para “desatar os nós” da burocracia.

Sua proposta da Empresa Individual resultou na legislação do MEI. No Sebrae, trabalhou para a aprovação da Lei Geral da MPEs, e vem lutando na defesa dos incentivos às micro e pequenas empresas, que são constantemente questionados pela Receita Federal e por economistas distanciados da realidade do universo dos pequenos.

Embora até agora tenha tido sucesso, o risco de redução ou eliminação ainda persiste, e esse é um tema que deveria ser cobrado dos candidatos à presidência.

Na questão tributária, Afif criou o Impostômetro para conscientizar o cidadão de que ele é contribuinte e, como tal, tem o direito de exigir dos governantes a contrapartida em termos de serviços, mas tem também a obrigação de fiscalizar o uso de seus recursos, que são transferidos ao Estado pela via tributária.

Com a campanha “De olho no imposto” defendeu a transparência da tributação para que o cidadão possa saber quanto paga de impostos em cada compra. Com isso procurou mostrar que a carga tributária brasileira é não apenas elevada, como perversa, pois onera mais pesadamente a camada da população de menor renda.

A preocupação com a área social sempre permeou a atuação de Afif que defende a educação integral para as crianças, mas também a revisão do limite de idade para que o menor possa começar a trabalhar, desde que continue a estudar, criando-se estímulos para as empresas contratarem “menores aprendizes”, como forma de evitar que muitos continuem a ser cooptados pela “escola do crime”.

No plano político Afif defende o voto distrital misto como forma de aproximar eleitor e eleito, e o fortalecimento dos partidos com base programática para que possa realizar as mudanças necessárias, pois com oatual é sistema político será muito difícil avançar nas reformas.

Esses são apenas alguns dos temas que a presença de Afif na campanha eleitoral poderia trazer para debate, e que provavelmente estarão ausentes das preocupações dos candidatos, que devem, no geral, tratar das questões do Estado e pouco daquelas mais de interesse dos cidadãos.

Cabe agora a Guilherme Afif Domingos continuar sua luta em outras trincheiras, procurando mobilizar a sociedade para se organizar para defender suas posições de baixo para cima, para se contrapor a um Estado que de cima para baixo impõe sua dominação, procurando manter os interesses corporativos que lhe dão sustentação.

Fonte: Artigo de Marcel Solimeo, publicado no Diário do Comércio

Em visita a Goiânia, pré-candidato à presidência pelo PSD defende reforma política

13-07-2018

O pré-candidato à Presidência da República pelo Partido Social Democrático (PSD), Guilherme Afif, defende uma reforma política no Brasil, por meio de um plebiscito e com uma constituinte exclusiva, que não envolva o Congresso. Ele esteve em Goiânia nessa quinta-feira (12) para uma palestra sobre o cenário político e econômico do país. O evento aconteceu à noite, na sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg).

Afif explica que o voto distrital serviria para descentralizar a estrutura do País e, ainda, aumentar a conexão entre o cidadão eleitor e os representantes políticos. Já a reforma federativa tem o objetivo de definir os papéis e os recursos dos municípios, dos Estados e da união. “Hoje nós temos um estado que não cabe no orçamento da nação. Tanto é que estão tentando, cada dia mais, aumentar impostos e não conseguem. Então aumenta a dívida porque continua gastando. Isso tem que parar”, disse.

Outro eixo da proposta do pré-candidato é o investimento nas funções básicas do Estado: educação e saúde, para garantir igualdade de oportunidades; garantia de direitos por meio, principalmente, da justiça e da segurança; e, por fim, infra-estrutura para o desenvolvimento, que são áreas como saneamento, transporte e energia. “O que não estiver contido nisso, fecha, diminui o tamanho, porque tem muita gente não fazendo nada”.

Coligações

Em Goiás, o PSD tem feito alianças com a base aliada do governo estadual. O fato não agrada muito ao ex-deputado Vilmar Rocha. “Eu falei com o amigo Vilmar (Rocha). Eu tenho uma discordância com a direção do meu partido, que ela ainda acha que precisa fazer uma coligação e não lançar candidatos”, assume Afif.

Por isso, o pré-candidato admite que ainda está em processo de “conquista” do partido, mas que não é seu interesse estabelecer parcerias ou criar alianças políticas. “Eu estou, primeiro, tentando conquistar o meu próprio partido, essa é a minha tarefa. Sem fazer aliança, porque às vezes é melhor estar só do que mal acompanhado”, enfatiza.

“Aqui eu ouvi uma expressão que é absolutamente verdadeira: time de futebol que não entra e não joga, acaba não tendo torcida. No partido é a mesma coisa, tem que ter candidato, disputar a eleição, jogar a eleição para ter militância de pessoas que o sigam. Eu estou seguindo esse caminho”, comentou Afif sobre a baixa popularidade do partido.

Histórico
Guiherme Afif Domingos é administrador de empresas, presidente licenciado do Sebrae nacional. Em 1980, gestão de Paulo Maluf, foi secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Foi vice-governador de São Paulo entre 2011 e 2014 e ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República durante o governo Dilma.

Em 1989 foi candidato à presidência da República pelo Partido Liberal. Ele ficou reconhecido por dois aspectos, o primeiro deles é o carisma, fácil de ser notado durante a conversa com o Mais Goiás, quando demonstrou serenidade, apesar do cansaço de um dia de agenda cheia e de viagem.

Outro aspecto que chamou a atenção sobre Afif na campanha de 1989  foi o jingle, que dizia “juntos chegaremos lá. Fé no Brasil. Com Afif juntos chegaremos lá”.  Vinte e nove anos depois, Afif tem visão crítica sobre o uso de músicas em campanha. Ele compreende que o eleitor perdeu a confiança na classe política e espera por verdades. “Essa campanha não pode vir com musiquinha, para enganar o eleitor. Tem que ser preto no branco”, finaliza.

Fonte: Mais Goiás

Afif Domingos acusa Alckmin de perseguição e nega aliança com tucano

13-07-2018

Postulante à Presidência da República pelo PSD, Guilherme Afif Domingos confirmou, em entrevista ao Metrópoles nesta sexta-feira (13/7), que continuará na disputa ao Planalto apesar das tentativas do PSDB de selar uma aliança com seu partido para a eleição nacional. O pessedista também criticou fortemente o pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin. “Ele sempre me perseguiu em São Pauo”, disse.

Sobre a informação de que o PSD teria selado um acordo com Alckmin, Afif afirmou que “essa notícia é uma típica notícia colocada pelos articuladores do Alckmin que estão com imensa dificuldade de conseguir outros partidos”.

“Então eles têm que anunciar alguma coisa antecipada só que qualquer decisão passa pela convenção do partido. E na convenção eu sou dissidente. Portanto, eu estou colocando o meu nome porque eu acho que o partido tem que disputar com marca própria. Temos que ter militância dentro das ideias e não terceirizar”, disse.

Na entrevista, Afif demonstrou mágoa em relação a Alckmin em relação à época em foi vice-governador na chapa do tucano. Ele atribuiu as perseguições de Alckmin contra ele a sua mudança de partido na época. Em 2011, logo após ter assumido o mandato de vice, Afif seguiu Kassab e saiu do DEM para fundar o PSD.

“Eu e o Kassab temos uma ligação histórica porque ele nasceu na política pelas minhas mãos. E o que a gente ganhou com essa decisão foi a demissão”, afirmou.

Na época, ele acumulou o cargo de secretário de Desenvolvimento do estado. “Alckmin me demitiu e depois começou a me perseguir querendo cassar o meu mandato. […] Agora tão candidamente se volta para olhar um no olho do outro. Isso não é política”, disparou.

Ele explicou ainda que decidiu aceitar o convite, na cota pessoal da ex-presidente Dilma Rousseff, para assumir o Ministério da Micro e Pequena Empresa “porque não estava conseguindo trabalhar em São Paulo”.

Afif voltou a alfinetar Alckmin ao dizer que ele não consegue alavancar sua candidatura nem mesmo em São Paulo, sua base eleitoral. “A campanha nacional tem que ter personalidade própria e o candidato pelo qual estão optando não tem um desempenho ótimo. Aliás, está com dificuldades em São Paulo. Acho que o povo de lá enjoou”, disse.

Para o pessedista, no entanto, o pragmatismo de Gilberto Kassab pode acabar prejudicando a própria legenda. “Pragmatismo em excesso não é bom”, disse. Kassab defende uma aliança com o PSDB na esfera nacional e tem se aproximado dos tucanos para viabilizar um acordo. Ele também admitiu ser um dissidente no PSD e afirmou que uma definição só sairá na convenção nacional da legenda.

Apesar disso, Afif defendeu seu nome na campanha como uma estratégia para aumentar a base parlamentar da legenda no Congresso Nacional. “O que acontece na disputa da base não é o que vai acontecer na disputa presidencial. Nessa, ela vai acontecer a partir do eleitor diretamente decidido. Ela não quer ter intermediário. No nacional o povo quer votar diretamente porque é o candidato cujo número e bandeira vão ajudar a colocar mais deputados e senadores”, disse.

“Na eleição nacional é importante ter a bandeira do partido. O eleitor gosta de votar na pessoa. E na medida em que você faz uma fusão, você simplesmente desaparece”, completou.

O político, empresário e administrador de origem libanesa é presidente licenciado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Afif, 75 anos, tenta ganhar a confiança do próprio partido. O PSD tem se inclinado a apoiar a candidatura do PSDB à Presidência. Junto com outros cinco pré-candidatos citados, segundo dados da última pesquisa Datafolha (publicada em 11/6), ele não atingiu 1% das intenções de voto. Esta será a sua segunda tentativa de chegar ao Planalto. Em 1989, concorreu pelo Partido Liberal (PL). Com 3,27 milhões de votos, ficou em sexto lugar na disputa.

Entrevista completa ao Metrópoles

Fonte: Metrópoles

Afif vai a Flávio Rocha para pregar resistência até o fim do primeiro turno

12-07-2018

Guilherme Afif, que trava uma batalha dentro de seu partido, o PSD, para poder concorrer à Presidência, quer conclamar outros pré-candidatos que têm sido pressionados a desistir de seus pleitos a resistirem.

Ele almoça nesta terça-feira (10) com Flávio Rocha (PRB) e Paulo Rabello de Castro (PSC), em São Paulo, para falar sobre o assunto.

O PRB integra o grupo de partidos de centro que buscava uma alternativa ao nome do PSDB, Geraldo Alckmin, mas com o aceno dessas siglas a Ciro Gomes (PDT) tende agora a voltar-se para o tucano.

Rocha, empresário dono da Riachuelo, lançou-se pela legenda, mas frequentemente é citado como opção para a vaga de vice.

O PSD, de Afif, já tem um acordo oficioso com Alckmin e é contra esse acerto que ele se insurge. Ele tem falado com deputados federais na tentativa de ter maioria na convenção na sigla para ser candidato.

Na reunião com os outros dois pré-candidatos, vai pregar que ambos mantenham seus nomes na disputa até o fim do primeiro turno.

Fonte: Painel, Folha de São Paulo

Guilherme Afif é entrevistado no programa Roda Viva

12-07-2018

O longo prazo de ontem é agora

02-07-2018

O Brasil enfrenta hoje problemas que se acumularam por anos, sem que a classe política ― e mesmo a sociedade ― se preocupasse. Por serem problemas de longo prazo, as soluções foram postergadas. Ficou para os próximos governantes, ou até mesmo para as próximas gerações, enfrentá-los. Com isso, as dificuldades se acumularam e se agravaram, provocando efeitos negativos sobre o desempenho da economia e a situação social.

O longo prazo de ontem é agora. Por isso, não dá mais para esperar pela resolução dos problemas brasileiros. Por mais difícil que seja, é preciso mostrar para a população ― especialmente para a camada de menor renda ― que é ela quem suporta o maior custo das omissões do passado. E que, sem a adoção das medidas necessárias, essa parcela da população continuará a ser a maior prejudicada, embora inevitavelmente possa ser afetada por algumas decisões imprescindíveis de curto prazo para equilibrar o País.

Para que o Brasil retome sua curva de crescimento e resgate sua dívida social, as reformas são indispensáveis, a começar pela redução do tamanho do Estado e de sua intervenção na economia, além da eliminação de privilégios (de algumas categorias e setores) travestidos de direitos adquiridos.

No entanto, para o presidente eleito poder começar a realizar as reformas, é preciso que durante a campanha ele diga a verdade, mostrando à sociedade os sacrifícios que necessários para o País superar sua grave crise política econômica, social e de confiança.

Se, como candidato, ele prometer apenas o que acha que a população deseja, estará sujeito a ter sua credibilidade comprometida e perderá sua capacidade de exigir dos parlamentares o apoio às medidas necessárias, pois elas não terão sido sancionadas pelos eleitores.

A reforma da Previdência é a mais urgente, inclusive como sinalização para os agentes econômicos, pois o desequilíbrio crescente do sistema previdenciário tem comprometido as finanças públicas de forma importante, afetando a capacidade do governo de investir em educação, segurança e saúde, em detrimento dos mais pobres. Além disso, os privilégios de alguns segmentos ferem não apenas o princípio da igualdade, como o de justiça social.

Quanto à reforma tributária, apesar de sua complexidade e dificuldade política de consenso, pode-se ― e deve-se ― avançar para simplificar o sistema, eliminar seu caráter regressivo e assegurar maior racionalidade, a fim de estimular os investimentos e o empreendedorismo. E a reforma tributária precisa ser feita em conjunto com a reforma fiscal, com a reformulação da distribuição das receitas tributárias e das atribuições de cada ente federativo, além da adoção do princípio da subsidiaridade, de forma que a União não faça o que pode ser feito pelos Estados, que estes não façam o que pode ser executado pelos municípios, os quais, por sua vez, não devem se ocupar daquilo que os cidadãos ― ou suas organizações ― possam realizar.

A mais importante das reformas, para moldar o futuro do País, é a política. E, para que ela tenha a profundidade necessária, precisa ser feita por meio de uma Constituinte exclusiva, para que os interesses estabelecidos não prevaleçam sobre os da nação. A reformulação do sistema eleitoral, com a introdução do voto distrital, é um dos passos para aproximar o eleitor do eleito. Isso em conjunto com a cláusula de barreira e com a fidelidade partidária, o que permitirá criar partidos autênticos e comprometidos com posições nítidas que incentivem o cidadão a definir conscientemente suas escolhas. Para tanto, será preciso, logo no início do novo governo, convocar um plebiscito, autorizando a realização da Constituinte exclusiva que, em um prazo determinado, realizaria as mudanças necessárias no texto constitucional.

Mais do que tudo isso, para que o País retome sua trajetória de desenvolvimento econômico e social, o principal ingrediente é a credibilidade do próximo governante. E isso vai depender da história do eleito, da veracidade de suas mensagens e de sua determinação, que precisam estar acima de conveniências pessoais, partidárias ou de qualquer outra natureza. Acima disso, só o Brasil.

Fonte: Artigo publicado em 30/06/2018, Portal Poder 360

Afif participa da sabatina na Jovem Pan News

19-06-2018

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Guilherme Afif responde perguntas sobre política e eleições. Relembra das eleições de 1989, em que concorreu à presidência, e começou a incomodar os adversários por ser um candidato independente e com potencial.

Afif relembra disputa na eleição presidencial de 89 e dispara: “extremamente manipulada”

19-06-2018

Candidato à Presidência pelo PL, em 1989, Guilherme Afif Domingos ia bem durante a campanha, mas viu na reta final Lula e Fernando Collor protagonizarem o segundo turno. Mais tarde, a vitória do nome do então PRN, em chapa pura com Itamar Franco, confirmaria aquele que ocuparia a cadeira do Palácio do Planalto.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente licenciado do Sebrae, hoje filiado ao PSD, chamou de “extremamente manipuladas” as eleições daquele ano.

“Tivemos eleições extremamente manipuladas. Aquela eleição quando explodi, eu explodi roubando voto do Collor. Mas naquele instante outros interesses por trás, me viam como independente demais então era melhor fazer alguns compromissos que não aceitei fazer.

Tinha um dono de TV que tinha grandes interesses”, disse sem mencionar o nome de Silvio Santos, que na época teve sua candidatura indeferida.

Após a derrota nas eleições presidenciais de 89, Afif voltou ao palco eleitoral na disputa pelo Senado em 1990,mas foi derrotado por Eduardo Suplicy e ficou em terceiro lugar.

Deixou o PL em 90 e ingressou no PFL e, mais tarde, em 2006, voltou a disputar o Senado. Enquanto isso, ressaltou, manteve seu ativismo em prol de das pequenas e médias empresas.

Fonte: Portal Jovem Pan News

Afif vê vitória na “Lei do Queijo” e ressalta importância dos pequenos produtores

19-06-2018

Um dos principais defensores do fomento ao pequeno produtor, o pré-candidato à presidência da República pelo PSD e presidente licenciado do Sebare, Guilherme Afif Domingos criticou a forma de concessão de crédito de longo prazo no Brasil, uma vez que a maior parcela está concentrada apenas nos grandes produtores.

“O pequeno não vê nem a cor e 84% não têm acesso ao sistema de crédito. Aqui no Brasil você tem o grande em regime de reserva de mercado, que acaba sendo absolutamente apoiado pelo governo para poder eliminar concorrentes”, criticou.

Na visão de Afif, a criação da substituição da política tributária foi feita para “ferrar” o pequeno e criou-se um desequilíbrio no processo da concorrência. “Quero o grande em regime de mercado, já que ele vem para competir. No campo não existem só grandes corporações. A agricultura familiar é muito forte e não é coisa de assistencialismo”, disse.

O presidente licenciado do Sebrae revelou aos microfones da Jovem Pan, que o governo Temer sancionou a lei que regulamenta a comercialização de produtos de origem animal em todo o território nacional sem a obrigatoriedade do Selo de Inspeção Federal (SIF), que será usado apenas para exportações.

A decisão foi motivada após o episódio envolvendo a chef Roberta Sudbrack, que teve 160 kg de produtos artesanais, entre eles queijos e linguiças, apreendidos durante o Rock In Rio 2017. Na época, a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro alegou que as mercadorias estavam sem o selo do SIF e não poderiam ser comercializadas no estado.

“Entramos de sola nisso. Ontem falei com o presidente Temer sobre um boato de que ele vetaria a pedido do Ministério da Agricultura, mas ele não vetou e sancionou a lei. Acabou a história e o queijo é estadual”, disse Afif.

“Na França, o queijo é produto de exportação. E esse pessoal do Brasil está ganhando prêmio lá fora, mas não pode vender. Sou a favor do pequeno, mas não estou contra o grande”, reafirmou.

Fonte: Portal Jovem Pan News