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Super Simples irrestrito deve ficar para 2016, prevê Afif

13-01-2014

Logo no primeiro semestre de 2014, o Congresso Nacional deverá aprovar a nova revisão da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, mas vai ter que dar um prazo para que os governos federal e estaduais possam “metabolizar” o fim de duas medidas que atormentam milhões de empreendedores de pequenos negócios no País – a restrição do acesso ao Super Simples por profissionais liberais e outras firmas do setor de serviços e a adoção da substituição tributária em cima do segmento, que é a cobrança antecipada do ICMS na indústria com a fixação de alíquotas maiores do que as do Super Simples. Se a proposta for aprovada, haverá também anistia para metade dos 3,4 milhões de microempreendedores individuais que estão inadimplentes com o pagamento simbólico de tributos.

Um ano-novo com a definição de prazos para as mudanças e avanços na desburocratização das empresas é o que prevê o ministro da Micro e Pequena Empresa no Brasil, o também vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD). “São pontos de negociação que permitem o sistema metabolizar”, afirmou em entrevista exclusiva ao DCI.

No caso da universalização do acesso ao Super Simples, o ministro fez a previsão de que “podemos até negociar para ela entrar em vigor em 2016”. Em relação à substituição tributária, avaliou que deverá haver uma recompensa. “Precisamos dar um tempo, jogar no prazo como forma de avançar.”

Em comum, essas questões enfrentam resistências em cima de impacto sobre as contas públicas, identificou: “Se colocarmos um prazo, dá tempo de sobra de fazer todos os mecanismos”, acrescentou, com uma sugestão pontual: “Por exemplo, de tirar incentivos que acabaram sendo dados para poder dar em seguida para quem nunca recebeu”.

No início de dezembro, a proposta da quinta revisão da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, criada em 2006, foi aprovada por unanimidade em comissão especial criada na Câmara dos Deputados para analisar a matéria. Nelas foram inseridas como “joias da coroa” pelo relator, deputado Cláudio Puty (PT-PA), a universalização do acesso ao Super Simples e o fim da substituição tributária. A elaboração da proposta contou com a colaboração direta do ministro.

Cabeça do burocrata
Em ambos os casos, Afif considerou que essas medidas usurparam direitos constitucionais de tratamento diferenciado assegurado às micro e pequenas empresas e aos microempreendedores individuais.
Assim ele se referiu à criação de restrições ao Super Simples com base no tipo de atividade.

“A lei definiu que micro e pequena são empresas que faturam por ano até R$ 3,6 milhões. Onde fala que qual setor pode ou não pode? Isso vem da cabeça do burocrata fiscal que arrecada. Todos podem [ter acesso ao Super Simples]. É direito constitucional, é por porte e não por setor”, explicou. O ministro disse que “há um terrorismo fiscal”. Isso porque a universalização do acesso ao Super Simples envolve empresas que devem já ter tratamento diferenciado.

Anistia para individual
Outras novidades deverão surgir este ano para aliviar a vida do 3,4 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) registrados no País até o mês de outubro. O MEI envolve 500 atividades exercidas individualmente ou por até um funcionário, cujo faturamento anual é de até R$ 60 mil, a exemplo de vendedores ambulantes, costureiras, mecânicos. Eles pagam a taxa simbólica de menos de 40 reais de tributos.

Duas novidades estão no projeto que tramita na Câmara. Uma é a anistia para a metade dos MEIs que está inadimplente, sem direitos previdenciários; outra, protege a residência dos microempreendedores contra “quaisquer ônus” decorrentes do processo de formalização – impedindo o aumento da tributação pelo processo de formalização e indicação da residência como local do empreendimento.

Isso acontece especialmente com o aumento da alíquota do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), que passa de residencial para comercial.

A terceira novidade sai em fevereiro, que é o pagamento por carnê de tributos ao governo federal (INSS), estados e municípios.
“A inadimplência é gerada pelo sistema”, disse o ministro. “É muito fácil. Qualquer pessoa abre uma empresa. Mas, para fazer pagamento mês a mês, precisa baixar a guia no site, o que é muito difícil, ainda hoje. Pela primeira vez, será emitido carnê, que é uma cultura”, explicou ele, detalhando que boa parte dos microempreendedores não está acostumada a fazer tal procedimento.

Sonegação
Pela proposta do deputado Cláudio Puty, quando a indústria vender para a micro e pequena empresa, não poderá reter o ICMS por meio do instrumento da substituição tributária.
“Vai caber ao atacado a fazer a compensação para vender para o pequeno sem o valor agregado que acrescenta o valor do imposto que ele tem a pagar e o atacado administra o crédito”, detalhou. Essa solução é aplicável, na avaliação, porque o atacado tem volumes de compensação.

Afif criticou a reação manifestada por secretários estaduais da Fazenda de que eliminar a substituição tributária facilitaria a sonegação de impostos.

“A história de que isso aumenta a sonegação é conversa. Já temos sistemas eletrônicos, de nota fiscal eletrônica. Até do micro e pequeno a venda é controlada. Quando vai fazer a retenção, na indústria não tem como diferenciar, mas quando vai para a fase seguinte, é lógico que quem vai distribuir tem como diferenciar. Isso nós estudamos”.

No caso do governo de São Paulo, O ministro Afif Domingos afirmou que a campanha de incentivo à exigência da nota fiscal pelos consumidores apenas compensa o aumento da carga tributária incluída no valor final dos produtos.

“Na hora que prometeu devolver 30% do imposto que ele estava pagando, deu com uma mão e tirou com a outra, pois na hora que a substituição tributária foi inserida e antecipou o recolhimento não teve que devolver ao consumidor o que ele pagou. A nota fiscal paulista é em cima da venda do varejo, para obrigar a emitir nota. Nada contra, mas o cara que está pedindo a nota pensa que terá uma devolução de até 30%. Mas, se a micro e pequena empresa já foi substituída, não paga. Se ela não paga, não credita ao consumidor”, justificou.

Recebíveis
Uma das novidades da revisão da lei impede a imposição de restrições à circulação de títulos de crédito, os recebíveis, emitidos contra micro e pequenos.

 

“Vamos brigar uma briga por vez”, diz Afif

Quatro pontos foram retirados da proposta – a fase de transição para exclusão do Super Simples pelas empresas que faturarem acima de R$ 3,6 milhões por ano; o aumento desse teto de faturamento para a inclusão de mais empresas; a progressividade da tabela do Super Simples; e a criação do Simples Internacional para facilitar negócios de empresas do mesmo porte de diferentes países.

“Ainda não colocamos [a fase de transição] por um fato muito simples: não se pode comprar duas brigas ao mesmo tempo. Temos de ir por etapa. São coisas que foram colocadas no nosso rol, uma é o teto a outra é a progressividade, que é muito importante. Se jogarmos essas coisas junto com a universalização, não ganhamos nada. Então, o que nós focamos foram dois pontos: a universalização, que aumenta a base; e o segundo é a substituição tributária, que é insustentável e iningolível”.

“O micro e pequeno empresário fornece hortigranjeiro, produtos alimentícios, etc. Mas no contrato ele não pode descontar esse título no mercado. E por trás o comprador diz que só pode descontar com aquele [banco]. Ganha sobre o recebível dele”, afirmou o ministro. “É uma prática dos grandes mercados, pois eles ganham ao fazer um acordo com o Banco e tiram sua comissão.”

Empresas poderão ser abertas em até 5 dias

06-01-2014

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Matéria Afif Correio do Estado

Afif assume SMPE com missão de reduzir burocracia

31-12-2013

afif2Mantido no cargo pela presidente Dilma Rousseff para o segundo mandato, o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, assumiu a pasta em maio de 2013 com a missão de reduzir a burocracia para o empreendedorismo no país.

Após um ano e meio no comando do ministério, Afif  teve como uma de suas principais vitórias a ampliação do Simples Nacional, mecanismo que unifica o pagamento de tributos para pequenas e médias empresas.

Empresário com diversas passagens pelo setor público, Afif chegou ao governo federal como uma escolha pessoal de Dilma. Ele já era cotado para integrar o primeiro escalão ainda antes da criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, com status de ministério e ligada diretamente à Presidência.

Filiado ao PSD do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab – que agora assumirá o Ministério das Cidades – Afif foi anunciado ministro em maio de 2013 sob elogios da petista. Horas antes da oficialização, ela disse a uma plateia de comerciantes em São Paulo que ele “colocou na pauta do país” o apoio às micro e pequenas empresas, “questão estratégica e imprescindível para o futuro e para o presente do país”, nas palavras da presidente.

Destacou a participação dele, ainda durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, na aprovação do Estatuto da Microempresa e do Simples Nacional.
Em sua posse, Afif voltou a atacar a burocracia, ressaltando que a dificuldade para criar, fechar ou manter a regularidade de empresas no país era como o “colesterol”.

“Tem o bom e tem o ruim. O bom é o serviço público exemplar, é aquele que lubrifica as artérias, permitindo o fluxo. O ruim é aquele que entope, atrapalha o desenvolvimento do país. É esse que vamos combater, a má burocracia”, afirmou, acrescentando que o excesso de procedimentos “é o grande biombo da corrupção”.

No cargo de ministro, Afif deu início a processos de simplificação. Um dos principais foi o lançamento, neste ano, do site Empresa Simples, que facilitou o fechamento de firmas com a integração dos sistemas das juntas comerciais estaduais e dispensa das certidões negativas de débitos tributários, previdenciários e trabalhistas.

Em agosto, o governo obteve êxito na ampliação do Simples, que unifica, em um único boleto, o recolhimento de oito tributos municipais, estaduais e federais. O sistema, que alcançava 42 setores, foi expandido para mais de 140 atividades em empresas com faturamento de até R# 3,6 milhões por ano.

Natural de São Paulo e atualmente com 70 anos, Afif Domingos é casado e tem quatro filhos. Formado em Administração, iniciou a vida profissional como empresário e chegou a presidir a Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo.

Em 2005, foi um dos articuladores da criação do “impostômetro”, aparelho eletrônico que mede a arrecadação tributária federal.

Começou a carreira política como secretário de Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo na gestão do ex-governador Paulo Maluf.  Foi deputado federal constituinte pelo Partido Liberal (PL) em 1986. Três anos depois, candidatou-se à Presidência da República e terminou a disputa em sexto lugar.

Em 1998, filiado ao PFL, assumiu a Secretaria de Planejamento do município de São Paulo, cargo no qual permaneceu por poucos meses. Candidatou-se se êxito ao Senado Federal, por duas vezes, em 1990 e em 2006.

De 2007 a 2010, foi secretário de Emprego e Relações do Trabalho, na gestão de José Serra (PSDB). Pouco mais de um ano após tomar posse como vice-governador na chapa encabeçada por Geraldo Alckmin, anunciou sua desfiliação do DEM para entrar no PSD de Gilberto Kassab.

 

Publicado no site G1 em 31/12/14

Governo quer levar Simples para profissional liberal

11-12-2013

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Matéria no Estadão

Abertura do Natal Iluminado em SP

01-12-2013

Foi aberto na noite de domingo (1), na Catedral Metropolitana de São Paulo, na Praça da Sé, o Natal Iluminado 2013. A primeira noite do evento, que é promovido pela Associação Comercial de São Paulo em parceria com a Prefeitura, contou com celebração ecumênica do arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, e apresentações da Sinfônica de Heliópolis e do Coral da Gente, sob regência do maestro Edilson Venturelli. A abertura contou ainda com projeções de luzes e imagens, utilizando a arquitetura da catedral. Além de Afif, estiveram presentes o prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-prefeito Gilberto Kassab, entre outras autoridades.

Fundo de Aval às MPEs

29-11-2013

Nesta quinta, 29, Afif esteve no Sebrae para falar sobre o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que servirá de base para a ampliação dos fundos de avais que vai facilitar o acesso da micro e pequena empresa ao crédito de investimento. Em 1995, quando Afif presidiu o Sebrae, criou o FAMPE inspirado em experiências internacionais. Foi a primeira iniciativa no País para facilitar o acesso das MPEs ao crédito bancário. Na foto, a cerimônia de assinatura da medida pelo então Presidente da República Fernando Henrique Cardoso.

Homenagem dos 25 anos da Constituição

27-11-2013

Em Brasília, Guilherme Afif recebeu a Medalha Assembleia Nacional Constituinte em comemoração aos 25 anos da Constituição Federal de 1988. “O artigo 179 que fala do tratamento diferenciado aos pequenos foi o que impulsionou minha carreira e o fato de ter assumido pela primeira vez na história um ministério voltado aos pequenos empresários. Missão cumprida”, disse.

Análise da revisão do Código Comercial

20-11-2013

Nesta quarta, 20, Afif falou à Comissão Especial que analisa a proposta de reformulação do Código Comercial: o Projeto de Lei PL 1572/11. Na reunião, o ministro ressaltou o trabalho da Secretaria da MPE, entre eles a revisão e universalização do SIMPLES e o fim da substituição tributária para as MPEs.

 

Inauguração do Impostômetro de Brasília

20-11-2013

Na quarta-feira, 20 de novembro, Afif participou da inauguração do Impostômetro de Brasília no prédio onde funciona a sede da Associação Comercial do Distrito Federal, Edifício Palácio do Comércio, no Setor Comercial Sul. A solenidade teve também a presença do presidente da ACDF, Cleber Pires, de Deputados, Senadores, empresários e autoridades locais. O Painel do Impostômetro marcará durante 24 horas a arrecadação por parte do Governo Federal, de todos os impostos cobrados pelo Brasil afora.

Promoção do artesanato quilombola

05-11-2013

Nesta terça-feira, durante a abertura da III Conferência Nacional da Promoção da Igualdade Racial (Conapir), o ministro Guilherme Afif assinou, em Brasília, termo de cooperação para a promoção do artesanato quilombola. O Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que é vinculado à Secretaria da Micro e Pequena Empresa, vai beneficiar a comunidade quilombola com a ampliação de oportunidades de comercialização do artesanato em feiras e eventos e apoio à capacitação de artesãos quilombolas por meio dos cursos promovidos pelo programa.