SÃO PAULO – Nos últimos três anos, o número de MEIs em Bauru deu um grande salto. Entre 2011 e 2014, o volume de formalizações nesta categoria quadruplicou, passando de 3.334 para 13,2 mil pessoas. Hoje, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Bauru é a 10ª cidade do Estado de São Paulo que mais formalizou este tipo de empreendedor.
O titular da pasta, Arnaldo Ribeiro, o avanço expressivo em tão pouco tempo tem várias explicações. Entre elas está o aprimoramento dos mecanismos para oferecer orientação e capacitação a estes profissionais, que acabam descobrindo as vantagens de sair da irregularidade. “Uma delas é o auxílio que ele receberá caso fique doente e ainda a aposentadoria, se decidir parar de trabalhar”, pontua Ribeiro. Formalizado, o autônomo também tem acesso a outros benefícios, como o salário-maternidade no caso das mulheres.
Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico , entre os autônomos que mais procuram se formalizar em Bauru estão os cabeleireiros, costureiros, técnicos de manutenção em informática, pedreiros e marceneiros. A média de idade gira em torno de 30 anos e não há mais, como no passado, a prevalência do sexo masculino. “Hoje, as mulheres já representam 50% dos empreendedores”, completa o secretário. Um exemplo é a cabeleireira Lucia Helena Nunes Pereira que há cerca de dois anos precisou se afastar do trabalho por conta do rompimento de um dos tendões do braço, provocado pelo esforço repetitivo que seu tipo de serviço demandava. O fato de já ser uma microempreendedora individual lhe permitiu ter tranquilidade para se recuperar.
“Tive de fazer uma cirurgia e ficar seis meses afastada, período em que recebi um salário mínimo por mês, o que me ajudou muito. Se não tivesse o MEI, teria ficado sem renda alguma”, comenta a Lucia, 44 anos, 19 deles dedicados à profissão.
A cabeleireira conta que começou com um salão pequeno na Vila Falcão, que foi sendo ampliado aos poucos. Hoje, ela conta com o apoio de oito profissionais, todos eles prestadores de serviços também formalizados como microempreendedores individuais. “Todos são autônomos como eu, com as mesmas garantias que o MEI oferece”, comenta.
Fonte: JCNet