GOIÁS – Quando o empresário Antônio Benedito dos Santos trabalhava como motorista de ônibus , imaginava alternativas para criar algo com as próprias mãos e abrir uma empresa que o fizesse crescer e ganhar dinheiro. Em 1987, pediu demissão e utilizou o dinheiro da rescisão para comprar uma simples máquina de fazer sorvete e picolés. A escolha foi baseada na possibilidade de ficar no controle da produção e venda dos produtos. Foi aí que começou a Creme Mel com apenas uma máquina. Com o tempo, através de cursos profissionalizantes, Santos aprimorou a qualidade do seu produto usando apenas frutas frescas e leite in natura e pasteurizando tudo artesanalmente.
A Creme Mel caiu no gosto de Goiânia e foi se expandindo com o capital das próprias vendas – e da eventual venda do carro de Santos. Uma máquina gerou um freezer, que gerou quatro carrinhos para venda, que ampliou a produção da garagem do empresário para tomar conta de sua casa quase inteira. Em 1996, Santos conseguiu comprar o prédio da atual fábrica da marca, com um investimento de R$ 1 milhão. Hoje, o empresário produz 33 mil picolés e 15 mil litros de sorvete por hora, e recebeu, em julho, um investimento da H.I.G Capital, gestora americana de private equity. Segundo Santos, o capital, cujo valor não foi revelado, ajudará a construir a nova fábrica da Creme Mel, e a experiência do fundo vai auxiliar na gestão da marca.
Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios