A cada ano o carnaval rende para micro, pequenas e médias empresas um faturamento que ultrapassa os R$ 6 bilhões em todo o país. Por causa disso, a formalização e a capacitação na cadeia produtiva do maior evento popular do País tem sido cada vez mais uma exigência, pela necessidade de mais profissionais empreendedores que possam fornecer produtos e serviços para grandes empresas.
De acordo com levantamento feito pelo Sebrae em 2013, o número de microempreendedores individuais que abrem seus negócios de olho no carnaval passou de 33,8 mil para 72,9 mil, o que corresponde a um crescimento de 116% em relação ao ano anterior. Os números de 2014 ainda não foram divulgados.
Entre as pessoas que trabalham nessa grande indústria, que só aparece aos olhos do público em um curto período, há as que vivem do carnaval o ano todo e aumentam a renda com a festa. São bordadeiras, costureiras, profissionais de marcenaria, infraestrutura, serviços, turismo, alimentação e reciclagem.
Um raio-x dessa indústria foi feito no ano passado na primeira edição da Carnavália Sambacom, feira de empreendedorismo que teve como um de seus objetivos aproximar fornecedores de potenciais compradores de produtos e serviços relacionados ao carnaval. No evento, foram movimentados R$ 14 milhões em negócios para o carnaval deste ano.
Um dos exemplos de empreendedorismo focado no Carnaval é o Ateliê Aquarela Carioca, em Vila Isabel onde os empresários Leonardo Leonel e Leandro dos Santos são responsáveis por desenhar e confeccionar fantasias de sete dos 12 casais de mestre-sala e porta-bandeira das agremiações que fazem parte do Grupo Especial no Rio, além de fantasias de luxo para rainhas de bateria e musas das escolas de samba. Hoje, contam com o trabalho de 12 artesãos da região para dar vida às criações que vão desfilar pela Marquês de Sapucaí. Além de empreendedores, os dois estão criando uma ONG com uma série de cursos voltados para a indústria do carnaval.
Fonte: Brasil Econômico