O ministro Guilherme Afif cumpriu nesta semana agenda em Buenos Aires, Argentina, para discutir ações para as pequenas e médias empresas dos dois países. Em reuniões com o ministro do Desenvolvimento Econômico, Francisco Cabrera e com o secretário de Pequena e Média Empresa do governo argentino, Horácio Roura, o ministro da SMPE traçou metas para a construção de um acordo bilateral para o setor.
Segundo o ministro, a primeira meta a ser cumprida é a discussão do que deve conter neste acordo: “Em breve, vamos convocar dois seminários, um na Argentina e outro no Brasil, para prepararmos um tratado de livre comércio para pequenas e médias empresas de ambos os países. Será um acordo bilateral com a máxima desburocratizarão dos controles de fronteiras e simplificação das normas aduaneiras e também a criação de operadores logísticos de transporte e armazenagem para entrega porta a porta dos bens transacionados”.
A construção de políticas públicas para integração das MPEs brasileiras com empresas equivalentes de outros países é tema de frequentes discussões na SMPE. Entre os temas está a criação do Simples Internacional, programa que tem como meta ampliar o comércio internacional nos setores de bens e de serviços. “Para que os entendimentos possam se concretizar, nossa proposta é celebrar acordos bilaterais entre países que dispensem reciprocidade no tratamento tributário privilegiado e simplificado às exportações de micro e pequenas empresas”, destacou Afif.
“Apesar dos problemas, a Argentina é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e, ao mesmo tempo, uma potência agrícola mineral como a nossa e aqui do lado. Crise em chinês é a soma de dois ideogramas: Wei-chin. Wei é perigo. Chin é oportunidade. É na crise que surgem as oportunidades. Foi o que fui sentir. E não deu outra. Um grande entusiasmo pela ideia, pois globalização é só para os gigantes e não chegou ainda aos pequenos e médios que sofrem com as travas de uma burocracia aduaneira massacrante em ambos os países. É um pacto pelos Pymes como dizem lá. Acredito que, para começar, é o melhor parceiro independente do Mercosul que é muito travado em função de grandes interesses protecionistas. Os pequenos não querem proteção. Querem liberdade num verdadeiro regime de livre mercado e não de reserva de mercado”, diz o ministro.