“Um dos grandes inimigos da atividade empreendedora é a má burocracia e ela precisa ser eliminada”, afirmou o ministro Guilherme Afif, em seu discurso na cerimônia de premiação de “As Melhores do Middle Market 2014”, realizada na sexta-feira, 31, no Hotel InterContinental, em São Paulo.
Em seu discurso, o ministro destacou que deve-se investir no combate da má burocracia para que se possa garantir um melhor ambiente de negócios para os empresários brasileiros. Hoje, cerca de 64% da população brasileira sonha em trabalhar por conta própria.
“Temos um grande potencial empresarial neste País. Um dos maiores índices do mundo. Isso mostra que o povo quer melhorar de vida e aumentar o poder de consumo, e isso é muito importante para uns pais jovem como o nosso. São vários fatores que atrapalham os empreendedores: a má burocracia, a carga tributária, as obrigações acessórias em um cenário tributário caótico. Isso tudo precisa ser superado. E os 81 pontos da Lei 147/14 representam um grande passo para melhorar esse cenário”, disse o ministro.
Em discurso proferido durante a premiação de AS MELHORES DO MIDDLE MARKET, o ministro lembrou das dificuldades encontradas pelas empresas de médio porte no País. “Os médios empresários são os que mais sofrem no Brasil”, afirmou o ministro. “Eles não possuem a escala dos grandes e nem o apoio dado aos pequenos.”
Afif também ressaltou benefícios conquistados como a universalização do Simples, que vai possibilitar, a partir de janeiro de 2015, a entrada de 142 categorias no modelo tributário e os avanços do programa de Micro Empreendedor Individual (MEI), que hoje conta com 4,5 milhões de pessoas formalizadas. “Olhávamos apenas para o andar de cima e o atual Governo decidiu cuidar do de baixo”.
Além disso, o ministro anunciou que em novembro a SMPE lança no Distrito Federal o sistema de abertura de empresas em no prazo máximo de cinco dias. “É uma pequena vitória que vai nos dar musculatura para avançar. Primeiro, será o DF, depois, vamos levar o sistema para outros estados. Para encerrar um negócio, o empresário vai levar apenas uma hora”, disse Afif, arrancando aplausos do público presente. Atualmente, segundo dados do Banco Mundial, um brasileiro leva, em média, 107 dias para criar um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
Fonte: SMPE e Istoé Dinheiro