RIO GRANDE DO NORTE – Após se aposentar aos 47 anos, o técnico em mecânica José Anacleto Xavier não queria ficar parado. Ao fazer uso da experiência adquirida nesse tempo com o desenvolvimento de equipamentos em uma petrolífera, criou o processador de alimentos Macomil.
Até chegar ao resultado final, foram quatro anos. Em 2010, Xavier projetou a prensa e o raspador que compõem hoje o processador. No entanto, somente neste ano, é que foi criado o Macomil, com a junção dos equipamentos individuais a outros que garantem a eficiência ao produto. O nome é uma referência aos alimentos que a máquina processa: a mandioca, o coco e o milho.
“Pensava na dificuldade que o nordestino tem de processar esses alimentos típicos da região, que normalmente exigem um serviço pesado e demorado, principalmente na época de festas juninas”, relembra o técnico. A invenção permite o preparo de receitas da culinária regional de maneira muito mais rápida, como é o caso da pamonha, cocadas, farinha de mandioca e bolos em geral. Fazer rações para animais também é outra alternativa que pode ser viabilizada com o uso do equipamento.
Segundo Xavier, o produto foi bem aceito ‘do matuto ao doutor’ na Feira do Boi onde foi exposto e vendido por encomenda a R$ 1 mil, cada. Sobre as propostas que recebeu, o empreendedor afirma que vai estudá-las junto ao Sebrae.
Na família do aposentado, até a esposa, Niodene Medeiros – que é cabeleireira –, planeja mudar de profissão para vender doces. “Porque vou poder fazer meu próprio horário. E trabalhar com doces é uma coisa muito rentável, todo mundo quer comprar”, analisa.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias