SÃO PAULO – Formada em economia, a empresária Flavia Pogliani teve a ideia de trabalhar com café durante uma pós-graduação na Austrália, há quase dez anos, quando trabalhou em cafeterias para se manter. “Comecei a me envolver, estudar e me apaixonar. Uma coisa levou a outra. Quando eu vi, tomei a decisão que ia trabalhar com café”. Um dia percebeu que estava na hora de abrir o próprio negócio e resolveu apostar na “The Little Coffee Shop”, uma cafeteria de 1,7 metro quadrado, em Pinheiros, São Paulo.
Segundo Flavia, o “timing das coisas deu certo”. Isso porque a mãe de Flavia tem um sobrado em Pinheiros com uma loja na parte de baixo e a parte de cima era alugada para dentistas. A vontade de empreender coincidiu com a saída dos inquilinos. “Minha mãe cedeu o espaço, mas era grande. Eu ia precisar de muito dinheiro. E fazer as pessoas subirem uma escada para tomar um cafezinho não se faz”, diz.
A ideia foi pegar uma vitrine da loja da mãe e juntar com o hall de entrada do segundo andar para montar a mini cafeteria, inaugurada no dia 16 de setembro, com foco no café especial. O negócio vende desde o café expresso por R$ 3, passando pelo macchiato ou pingado por R$ 4 até um cappuccino por R$ 5, além de doces, como bolos, biscoitos e chocolate. Flavia ainda vende no local uma cerveja que tem o café entre os ingredientes, a Hop Arabica, resultado da parceria do Lucca Cafés Especiais e da Morada Cia Etílica.
Atualmente, o local abre meio-dia e fecha às 17h30. A ideia é estender o horário de funcionamento com o horário de verão. Mais perto do Natal, a empreendedora também pretende abrir aos sábados para aproveitar a movimentação na região. A cafeteria está instalada na Rua Lisboa, 357. Na primeira semana, foram vendidos, em média, 50 cafés por dia. O número saltou para 80 na segunda semana e para 100 na terceira.
Para o longo prazo, ela planeja um negócio replicável. “Eu não tenho a intenção de expandir, de pegar essa unidade e crescer para o lado ou para a cima. A ideia é o cafezinho na rua, em um lugar pequeno, com uma ou duas pessoas trabalhando, no máximo. O principal é servir um café de qualidade a um preço acessível”, explica a empresária.
Fonte: Estadão PME