PARAÍBA – Da descoberta do talento para lidar com produção de objetos, a então estudante do ensino médio Thaís Fernandes resolveu produzir presentes personalizados para amigas. Ela descobriu que levava jeito para empreender, mesmo sem R$ 1 real de investimento. Com 15 anos, ela abriu uma página para Presentes Especiais em uma rede social. O sucesso foi tão grande que, três anos depois, ela lançou sua loja virtual.
Com o valor dos 50% de adiantamento do pagamento, Thaís custeava a compra dos materiais e produzia as peças sob encomenda. “Eu resolvi abrir uma empresa sem um real no bolso para investir. Em dois anos eu já tinha vendido para boa parte do Brasil e com três anos de criação atendi todos os estados, mais as cidades de Miami, Dubai e Ilha da Madeira. Eu tive que frear o marketing em 2011 para poder investir em qualificação”, afirmou.
A busca de capacitação foi o fator impulsionador para que a pequena empresária ingressasse no curso de Designer e Produtos da Universidade Federal da Paraíba e nove anos depois do primeiro produto feito e vendido ela está na pós-graduação em Gestão de Projetos. “Eu não tinha ninguém na família com experiência nesse tipo de mercado como referência. Acertei errando, mas fui em busca de qualificação”, disse, com a consciência de que cometeu erros por não ter um plano de negócios nem experiência com atividades comerciais anteriormente.
De 2005 até 2014, a loja de Thaís comercializou mais de 5 mil objetos como abajur, caixa para vinho, canecas, caixas, quadros e travesseiros. Para atrair públicos diversos que buscam produtos personalizados, os preços também variam: de R$ 20 até R$ 200. “Vi que as pessoas queriam dar presentes diferenciados e percebi que esse mercado podia ser explorado”, frisou.
Hoje, classificada como Empreendedor Individual e contando com apenas um funcionário, ela planeja transformar a empresa numa startup e criar alternativas práticas para conquistar novos clientes: aplicativos para dispositivos móveis. A meta em médio prazo é quintuplicar o faturamento mensal em dois anos.
Fonte: G1