Cresce mercado de apps para táxis

14 de novembro de 2013
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SÃO PAULO – O taxista paulista Fabio Cardoso, de 36 anos, não larga o celular. Sempre que deixa um passageiro em seu destino, ele checa um dos cinco aplicativos para táxi instalados em seu smartphone para encontrar o cliente seguinte. “Eu costumava perder muito tempo procurando passageiros”, diz ele. “Hoje não demoro nem 15 minutos para conseguir uma corrida.”

Como Cardoso, existem cerca de 35.000 taxistas em São Paulo. “Tirando as cooperativas, eles não estão distribuídos de forma muito organizada”, diz Nathan Ribeiro, de 51 anos, criador do aplicativo TaxiMov, que chama taxistas bilíngues ou que fizeram curso de guia turístico.

“As pessoas têm dificuldade de encontrar táxis em São Paulo, e os taxistas perdem clientes porque não sabem exatamente onde procurá-los”, diz Ribeiro. “Os aplicativos juntam as duas pontas.”

Os empreendedores desta reportagem, que criaram aplicativos para chamar táxi, acreditam que o negócio tende a dar mais certo onde se mover de um lado para outro pode ser um drama. Tallis Gomes, de 26 anos, fundador do paulistano Easy Taxi, já expandiu a operação de sua empresa para 56 cidades em 14 países, incluindo Paquistão e Malásia.

Em boa parte das cidades escolhidas para crescer, o trânsito é caótico e o transporte público é ruim. “Nosso mercado está onde estão esses problemas”, afirma Gomes.

Cada um dos aplicativos que aqui aparecem tem um modelo de negócios diferente na forma como combina a estratégia de expansão e o modelo de remuneração. Alguns são dirigidos a nichos. Há, por exemplo, uma ferramenta para quem precisa de táxi equipado para deficientes físicos.

Também há um aplicativo que só chama táxis de luxo, outro que atende apenas empresas e outro ainda que incentiva passageiros que não necessariamente se conhecem a dividir a conta da corrida.

“Esses empreendedores estão certos ao diferenciar suas ferramentas”, diz Cassio Spina, diretor da Anjos do Brasil, associação que reúne investidores em empresas nascentes. “Em outros mercados muito concorridos, como foi o caso das compras coletivas, esse esforço não existiu e os negócios acabaram todos muito parecidos.”

Os aplicativos de táxi são só alguns dos negócios recentes associados à geolocalização. Outros exemplos são programas para contratar motoboys, encontrar estabelecimentos comerciais e pedir comida em casa. Em comum, todos foram feitos para o cliente encontrar serviços nas redondezas.

Segundo um estudo realizado pelo escritório brasileiro do Google, 88% dos donos de smartphones no país os usam para procurar informações relacionadas ao local on de estão. “Os aplicativos de geolocalização são um mercado promissor”, diz Rodrigo Paoletti, especialista em soluções de publicidade móvel do Google no Brasil.

São negócios com potencial para ganhar relevância porque colocam pequenas empresas no radar do consumidor. “Restaurantes, farmácias e vários outros tipos de empresa cujo sucesso está atrelado à localização podem ser muito benefciados”, diz Cassio Spina.

Fonte: Exame

 

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