“Vamos colocar na legislação do Simples que haverá normas simplificadoras para a micro e pequena empresa no campo internacional. A forma está em discussão. Normalmente há uma forte burocracia, barreiras impeditivas para as MPEs, pois o comércio internacional foi concebido para os grandes e não para os pequenos”. A afirmação é do ministro Guilherme Afif durante a Assembleia Geral Ordinária do Conselho de Representantes da Fecomercio nessa segunda-feira, 28. Ele falou aos 154 presidentes dos sindicatos patronais filiados à entidade e empresários sobre as propostas e trabalhos desenvolvidos na Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Estiveram presentes também o presidente da Fecomercio-SP, o empresário Abram Szajman, e o presidente do Conselho da Pequena Empresa, Paulo Feldmann.
Afif convidou os participantes do encontro a se unirem à pressão pelas transformações que vão facilitar a vida dos micro e pequenos empresários. Ele também os convocou para um levante por alterações na substituição tributária, que elimina efeitos positivos do Simples. “Este é o momento. Temos que fazer barulho”, enfatizou. Abram Szajman entregou ao ministro um oficio com as reivindicações da Fecomercio para a SMPE e salientou que a grande parte das ideias foi defendida por Afif durante a reunião. “Estou muito satisfeito com as propostas apresentadas pelo ministro”, afirmou Szajman.
Entrevista coletiva
Após o evento, Afif participou de uma entrevista coletiva onde falou sobre propostas da Secretaria como a Universalização do Simples e o programa Jovem Aprendiz. “Nossa ideia é incentivar as micro e pequenas empresas a contratarem aprendizes. A tutoria do jovem durante o trabalho pode ser feita pela própria professora do ensino regular, que vai receber uma bolsa do governo federal para suplementar seu salário. Como as pequenas empresas e as escolas são capilares pelo Brasil todo, acredito que teríamos sucesso. Estamos estudando isso”.
Ele também destacou a importância da simplificação e desoneração das MPEs para a economia: “Quando se facilita a vida do micro e pequeno empresário, ele responde com muita rapidez em forma de renda e de emprego. Portanto, nossa projeção e grande meta é que se cada pequena empresa no Brasil puder gerar mais um emprego, são 8 milhões de empregos gerados. É sonho? Não. Pode acontecer.”
Fonte: Fecomercio-SP, Cruzeiro do Sul