Dentro de 90 dias o Brasil deverá sediar o 3º Diálogo Interamericano de Altas Autoridades de Micro Pequenas e Médias Empresas “Políticas Públicas para a Promoção da Competitividade, Inovação e Internacionalização das MPMEs”. O encontro dará seguimento ao processo iniciado há alguns anos para a promoção do diálogo regional das mais altas autoridades sobre políticas e programas de apoio à competitividade e inovação do setor, assim como para facilitar a troca de experiências bem sucedidas com outros países. Promovido pela OEA, o evento será organizado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa com a colaboração do Sebrae, Fiesp e CNI.
Em discurso na Fiesp no início desta semana, Afif defendeu a implantação de uma grande “praça eletrônica internacional” para que as micro e pequenas empresas estabeleçam contato com o mercado externo.
“Nós não temos nenhum tratado de livre comércio de micro e pequena empresa. Todos os tratados de livre comércio são estabelecidos regionalmente, como o Mercosul. Mas por que não possibilitar o diálogo entre as micro e pequenas empresas? Vamos estabelecer esta liberdade de transação, até porque a legislação permite que uma empresa industrial exporte e dobre de tamanho, sem perder a condição de Simples. Então, vamos dar a oportunidade para que a micro e pequena indústria triplique de tamanho, prospectando o mercado internacional começando pela América Latina, Caribe, África Lusófona, Portugal e Espanha.
Afif explicou que as MPEs não exportam devido à burocracia alfandegária, e que o sistema a ser criado precisa ser adequado ao porte e estrutura da empresa. Por isso, será necessário mexer na legislação tanto na questão tributária quanto na criação de um sistema de logística voltada aos pequenos, no estilo Exporta Fácil do Correio. Chegou a hora de nós sairmos do casulo. Não podemos só viver no mercado interno. Para competir nós temos que ir lá pra fora”, disse o ministro.